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    Plebiscito britânico

    Dólar cai a R$ 3,34 e Bolsa sobe 2,8% com otimismo sobre plebiscito

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    23/06/2016 17h45

    Os investidores mantiveram as apostas de que o Reino Unido permanecerá na União Europeia no plebiscito realizado nesta quinta-feira (23). As expectativas foram reforçadas pelas últimas pesquisas de intenção de voto. As Bolsas globais e os preços do petróleo registram altas expressivas, e o dólar se desvalorizou frente à maioria das moedas, entre elas a libra e o euro.

    O mercado doméstico acompanhou o bom humor externo. O dólar comercial recuou para a casa dos R$ 3,34, renovando a cotação mínima do ano. A Bolsa subiu 2,80%. Os juros futuros de longo prazo e o CDS (credit default swap) brasileiro caíram.

    Para alguns operadores, a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo em desdobramento da Operação Lava Jato não influenciou o mercado, já que não traria implicações para o atual governo. Outros profissionais avaliam, porém, que a prisão enfraquece ainda mais o PT e a presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment contra ela. Com isso, aumentaria a chance de que o presidente interino Michel Temer (PMDB) seja efetivado no cargo.

    O dólar comercial terminou a sessão com desvalorização de 0,94%, a R$ 3,3450, no patamar mais baixo desde 29 de julho de 2015 (R$ 3,3300).

    Após ter ficado abaixo dos R$ 3,34 durante o pregão, a moeda americana à vista fechou em baixa de 0,54%, a R$ 3,3553, também no menor nível desde 29 de julho de 2015 (R$ 3,3367).

    O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio nesta quinta-feira. À tarde, realizou dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, os chamados leilões de linha, no montante de até US$ 4,4 bilhões. Na operação, são rolados contratos já existentes, com vencimento em julho. "Como é uma operação casada, de venda e compra, não chega a afetar o mercado de câmbio", avalia Marcos Trabbold, operador de câmbio da corretora B&T.

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 ficou estável em 13,740%, mas o contrato de DI para janeiro de 2021 caiu de 12,490% para 12,410%.

    O CDS, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, perdia 2,19%, aos 321,001 pontos, no menor nível desde 20 de agosto do ano passado (320,233 pontos).

    BOLSA

    O Ibovespa encerrou em alta de 2,80%, aos 51.559,82 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,6 bilhões.

    As ações da Petrobras ganharam 3,53%, a R$ 9,67 (PN), e 3,43%, a R$ 12,05 (ON). Os papéis da Vale fecharam em alta de 5,09%, a R$ 13,40 (PNA), e de 4,66%, a R$ 16,59 (ON).

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN subiu 3,87%; Bradesco PN, +3,20%; Banco do Brasil ON, +2,65%; Santander unit, +3,67%; e BM&FBovespa ON, +1,41%.

    Fora do índice, as ações da Eletrobras avançaram 10,00%, a R$ 16,83 (PNB), e 12,45%, a R$ 11,47 (ON), após a confirmação da indicação de Wilson Ferreira Jr, atual presidente da CPFL, para a presidência da estatal.

    Também fora do Ibovespa, as ações ON da Gol ganharam 20,80%, a 3,60, ainda reagindo à possibilidade de empresas estrangeiras serem donas de 100% do capital de companhias aéreas nacionais.

    As ações da operadora Oi subiram 35,93%, a R$ 1,74 (ON), e 13,75%, a R$ 0,91 (PN), com expectativas de reestruturação da empresa após o pedido de recuperação judicial. Na Bolsa de Nova York, o ADR (American Depositary Receipt) ordinário subiu 28,95%, a US$ 2,45.

    EXTERIOR

    O resultado do plebiscito no Reino Unido só deve ser conhecido na madrugada desta sexta-feira (24). Os investidores mantiveram-se otimistas durante toda a quinta-feira, após pesquisas apontarem a vitória da permanência dos britânicos no bloco.

    Caso haja alguma surpresa no resultado do plebiscito, os mercados reagirão negativamente. A eventual saída do Reino Unido do bloco europeu, chamada de "Brexit" assusta os investidores, pois a medida enfraquecerá a UE e dificultará a recuperação da economia global, dizem analistas.

    Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou com ganho 1,29%; o S&P 500, +1,34%; e o Nasdaq, +1,59%.

    Na Europa, a Bolsa de Londres subiu 1,23%; Paris, +1,96%; Frankfurt, +1,85%; Madri, +2,11%; e Milão, +3,71%.

    Na Ásia, as Bolsas chinesas recuaram em meio às preocupações com a economia local. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,07%.

    O petróleo Brent, negociado em Londres, avançava 2,09%, a US$ 50,92 o barril; em Nova York, o petróleo tipo WTI subia 1,99%, a US$ 50,11 o barril.

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