A receita líquida de vendas da indústria brasileira atingiu R$ 2,8 trilhões em 2014, segundo dados da PIA (Pesquisa Industrial Anual) Empresa, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (24).

Desse valor, as empresas de grande porte (que empregam 500 pessoas ou mais) responderam por R$ 1,9 trilhão. Isso representa 67,7% da receita total da indústria. Esse percentual ficou um pouco menor em comparação a 2013 (68,5%).

A crise econômica chegou ao setor um pouco antes do que o restante da economia. Nos 12 meses de 2014, a produção da indústria encolheu. O setor cortou 220.747 postos de trabalho, fechando aquele ano com 8,8 milhões de empregados.

Já os investimentos do setor somaram R$ 216,2 bilhões, segundo a pesquisa do IBGE. A maior parcela desse montante (42,3%) ficou por conta de máquinas e equipamentos industriais, que totalizou R$ 91,6 bilhões.

O maior gasto do setor continua em matérias primas, responsáveis por 40,5% dos custos e despesas totais da indústria, que somara R$ 3 trilhões em 2014. O gasto com pessoal foi de 13,9%, o que representa R$ 1,2 trilhões.

A PIA coleta informações via formulários com as indústrias do país. O levantamento constatou a existência de 334.752 empresas industriais em 2014. Esse número era um pouco menor no ano anterior, quando existiam 334.474 empresas.

RANKING

Pela ótica do valor da transformação industrial (que é a diferença entre o valor obtido pelo produto e seu custo de produção), os produtos alimentícios permaneceram em primeiro lugar do ranking pelo quarto ano consecutivo.

O setor respondeu por 15,3% dos R$ 1,12 trilhão gerado pela indústria em 2014. Esse resultado foi seguido pelos segmentos de extração de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (9,4%).