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    Dívida dos municípios será analisada, diz Temer

    DA REUTERS
    DE SÃO PAULO

    24/06/2016 11h47

    O presidente interino, Michel Temer, afirmou nesta sexta-feira (24) que o governo federal vai analisar a situação da dívida dos municípios, mas não prometeu que haverá um acordo nos moldes do feito com os Estados.

    "Não vamos prometer nada, mas vamos verificar a situação dos municípios", disse o presidente em entrevista à rádio Estadão, acrescentando que o próprio acordo de revisão das dívidas dos Estados traz benefícios para os municípios.

    Na segunda (20), após uma nova rodada de negociações, Estados e União selaram o acordo para a renegociação da dívida. A maioria dos Estados só voltará a pagar suas dívidas a partir de 2017. São Paulo, Minas Gerais e Rio Janeiro ainda terão novas rodadas de negociações para definir suas situações.

    A proposta aceita dá uma carência de 24 meses, sendo que nos 6 primeiros o desconto será de 100%. A partir de janeiro de 2017, esse desconto será reduzido gradualmente, em 5,55 pontos percentuais por mês, até junho de 2018.

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    MERCOSUL

    Temer também defendeu, na entrevista, que o Brasil tem que rever sua relação com o Mercosul.

    "O Brasil muitas vezes tem dificuldade de fazer um acordo tarifário porque está preso aos compromissos do Mercosul", afirmou. "Neste momento temos que rediscutir o Mercosul, não para eliminá-lo, mas para dar uma diretriz mais segura nessa tese da universalização da relação com outros países."

    Temer ainda classificou de "ideológica" a política externa praticada no governo de Dilma Rousseff, o que era "inaceitável", e disse que pretende ter uma relação igualitária com todos os outros países.

    O Ministério das Relações Exteriores discute a possibilidade de revogar uma decisão do Mercosul, para permitir que o Brasil possa negociar acordos bilaterais de livre-comércio de forma independente, sem os outros membros do bloco.

    BREXIT

    O interino também evitou comentar o resultado do plebiscito que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.

    "Nós achamos que a Inglaterra [também fazem parte do Reino Unido Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte] decidiu por uma consulta popular e não vamos discutir. Precisamos verificar as repercussões econômicas para o Brasil", disse Temer, defendendo que a política externa de seu governo "se pauta pela soberania nacional".

    "O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai se encontrar hoje com um representante do governo britânico para discutir essas questões. Vamos esperar os acontecimentos", afirmou.

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