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Pessoas buscam trabalho em anúncios no centro de São Paulo; 72 mil vagas foram extintas em maio |
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Mercado
Saturday, 27-Apr-2024 00:05:26 -03Mercado de trabalho fecha mais de 72 mil vagas de emprego em maio
JOANA CUNHA
DE SÃO PAULO24/06/2016 16h56
O mercado de trabalho brasileiro voltou a registrar números negativos em maio com o fechamento de 72,6 mil vagas formais, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira (24).
Embora negativo, o número representa uma desaceleração em relação a maio de 2015, quando foram encerrados 115,6 mil postos. Na comparação com os dados de abril, que teve o fechamento de 62,8 mil empregos, ainda houve uma variação negativa de 0,18%.
O estoque do emprego no Brasil em maio está em 39,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Serviços (-36,96 mil postos), comércio (-28,88 mil postos), construção civil (-28,74 mil) e indústria de transformação (-21,16 mil) são alguns dos setores em que os cortes foram maiores. Mais uma vez, agricultura e administração pública foram os únicos de geração positiva, com 43,1 mil e 1,4 mil postos adicionados respectivamente.
Saldo das vagas no emprego formal - Série sem ajustes, em mil
De acordo com o Ministério do Trabalho, "a redução do nível de emprego com carteira de trabalho no comércio deveu-se principalmente à perda de postos no comércio varejista (-23,33 postos).
No recorte por Estados, as maiores perdas ficaram em Rio Grande do Sul (-15,82 mil), Rio de Janeiro (-15,68 mil) e São Paulo (-12,17 mil).
O mercado de trabalho brasileiro abriu o ano de 2016 com novos recordes na crise do emprego e a tendência de fechamento de vagas se manteve nos meses de fevereiro e março. Assim como nesta divulgação do mês de maio, o declínio já havia dado sinais de desaceleração em abril, quado o Ministério do Trabalho divulgou o encerramento de 62,8 mil postos, queda menos intensa em relação aos 97,8 mil registrados em abril do ano passado.
O emprego vem sofrendo os efeitos da desaceleração econômica e do clima de incertezas em relação à retomada, prejudicado especialmente pelas demissões na indústria e na construção civil, com o fechamento de mais de 1,5 milhão de vagas em 2015, o pior resultado desde 1992, quando teve início a série estatística do governo.
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