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    o brasil que dá certo - infraestrutura

    Aeroportos ganham agilidade e ampliam serviço após concessão

    MARIANA BARBOSA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    30/06/2016 02h00

    O passageiro que desembarcar no Rio de Janeiro pelo aeroporto do Galeão durante os Jogos Olímpicos terá uma experiência radicalmente oposta à de pouco mais de dois anos atrás, quando, em dias de chuva, era comum se deparar com baldes de plástico sob goteiras no terminal.

    Realidade no aeroporto de Guarulhos, o controle de passaporte eletrônico com identificação por meio de reconhecimento biométrico, juntamente com leitores de código de barras no acesso à área de embarque, acabam de ser inaugurados no Galeão, com a entrada em operação do novo Píer Sul.

    Motivada pela necessidade de modernização dos aeroportos para a Copa e a Olimpíada, a concessão à iniciativa privada transformou a infraestrutura dos aeroportos do país, que carecia de recursos para fazer frente ao crescimento da demanda.

    Infraestrutura conectada
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    Entre 2003 e 2011, período em que o setor crescia em média de 10% ao ano, os cerca de 60 aeroportos que compunham a rede da Infraero, à época, receberam R$ 7,351 bilhões de investimentos públicos. Em apenas quatro anos, as concessões já injetaram mais de R$ 11 bilhões em ampliações e melhorias nos seis aeroportos concedidos -São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Campinas, Brasília, Galeão e Confins.

    Outros R$ 16 bilhões devem ser investidos nos mesmos aeroportos até o final do período de concessão, que varia de 20 a 30 anos, dependendo do aeroporto.

    "Os aeroportos demandam investimentos constantes de atualização, sobretudo na área de tecnologia e segurança. E o governo não consegue ser rápido na resposta. Com as concessões, a tendência é manter a qualidade e seguir melhorando sempre", disse André Soutelino, advogado especialista em aviação.

    Além de agilizar o fluxo de passageiros, as melhorias nos aeroportos concedidos incluem coisas básicas, como a ampliação e reforma de banheiros, e a abertura de novos estacionamentos, itens que lideravam as queixas quando a gestão era exclusiva da Infraero. Também viabilizaram a instalação de câmeras de segurança e controles de acesso mais restritivos, que ajudam a reduzir os furtos de bagagem, outro ponto crítico antes da privatização.

    O RIOgaleão tinha a obrigação de adquirir 26 novas pontes de embarque, mas acabou substituindo todas as 32 existentes, muitas das quais estavam sucateadas.
    O aeroporto do Rio é também o primeiro da América do Sul a receber certificação para controlar a movimentação no pátio de aeronaves. Hoje, isso é feito pela torre de controle, que se ocupa também do pouso e da decolagem. Em momentos de pico, as atenções da torre se concentram no pouso ou decolagem e a movimentação de táxi fica em segundo plano.

    POUSOS E DECOLAGENS

    No Brasil, a torre é controlada pela Aeronáutica e ou pela Infraero. Ao assumir a gestão do pátio, o aeroporto consegue otimizar melhor a distribuição nos portões de embarque, reduzindo voos em posição remota.

    "Vamos fazer a locação adequada e não vai mais precisar ficar mudando de portão toda hora. Assumir a gestão do pátio agrega bastante eficiência e segurança para a operação", disse o presidente do RIOgaleão, Luiz Rocha.

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    PUBLICO X PRIVADO
    Investimento público no setor de aeroportos brasileiros antes da privatização

    De 2003 a 2011
    R$ 7,351 bilhões (média anual de R$ 816,8 milhões)

    Investimento das concessionárias dos principais aeroportos concedidos

    GUARULHOS (desde dez 2012)
    R$ 3,9 bilhões

    GALEÃO (desde 2014)
    R$ 2 bilhões

    VIRACOPOS (desde dez 2012)
    R$ 3 bilhões

    BRASÍLIA (desde dez 2012)
    R$ 1,2 bilhão

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