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    Com 40 mil habitantes, 'Vale da Eletrônica' vira polo de start-ups

    FILIPE OLIVEIRA
    ENVIADO ESPECIAL A SANTA RITA DO SAPUCAÍ (MG)

    30/06/2016 02h00

    Jorge Araujo - 21.jun.2011/Folhapress
    Engenheiros trabalham na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais
    Engenheiros trabalham na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais

    Aplicativos para conseguir caronas ou chamar um garçom, um aparelho vestível que ajuda atletas a analisar e melhorar seu desempenho, escova de dentes com sensores que a conectam a um jogo para crianças de três anos.

    Esse são alguns projetos que são desenvolvidos na tecnológica Santa Rita do Sapucaí, cidade de 40 mil habitantes no sul de Minas Gerais.

    Conhecida como "Vale da Eletrônica", a cidade foi escolhida para abrigar e desenvolver novas start-ups.

    Capitaneado pela Telefónica, em parceria com Ericsson e Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), centro de referência em engenharia baseado na cidade, o programa (chamado crowdworking) selecionou 20 de 90 projetos submetidos por alunos e ex-alunos da faculdade.

    Ele possibilitará que os empreendedores desenvolvam suas ideias, testem modelos de negócios, tenham orientações de especialistas e encontrem investidores, durante um período de oito meses.

    Onde fica Santa Rita do Sapucaí

    Enquanto são desenvolvidas, as start-ups podem usar a estrutura do Inatel, que inclui salas de robótica, de desenvolvimento de games, laboratórios para a criação de ideias e impressoras 3D.

    O objetivo é que, ao final do período, Telefónica e Ericsson possam se beneficiar dos projetos que derem frutos, fechando parcerias comerciais ou investindo nas start-ups mais promissoras.

    Entre as escolhidas, apresentadas ao público nesta terça-feira (28), estão iniciativas ligadas a saúde, internet das coisas e aplicativos.

    PULSEIRA ANTI-AEDES

    A Pulse Tech, por exemplo, é uma empresa que quer desenvolver uma pulseira que, a partir de um som inaudível ao ouvido humano, espanta o mosquito Aedes AegyptI.

    Danilo Germiani, 21, de Ouro Fino (MG), é sócio da empresa e aluno de engenharia da computação. Teve a ideia com mais três colegas em aula de empreendedorismo.

    O método para espantar os mosquitos foi descoberto na leitura de um artigo de universidade das Filipinas encontrado na internet, diz.

    O grupo desenhou a pulseira e desenvolve a placa que emitirá o som. Esperam ter um protótipo em três meses.

    DE OLHO NOS CARROS

    Em outro estágio estão os irmãos Marília e Marcos Bontempo, de 23 e 19 anos, sócios na empresa Spark Telecom.

    A companhia possui, entre seus produtos, um software que analisa imagens de câmeras de segurança para identificar a presença de carros estacionados.

    O serviço é usado para monitoramento de 500 vagas de zona azul na cidade de Conselheiro Lafaiete (MG), e ajuda a prevenir fraudes, segundo os desenvolvedores.

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