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    Agentes revistam sede do Google em Madri por suspeita de evasão fiscal

    DE SÃO PAULO

    30/06/2016 08h29

    Virginia Mayo/Associated Press
    Escritórios do Google em Madri são revistados por agentes tributários espanhóis
    Escritórios do Google em Madri são revistados por agentes tributários espanhóis

    Oficiais da Agência Tributária da Espanha, que fiscaliza o sistema tributário e aduaneiro do país, revistaram nesta quinta-feira (30) escritórios do Google em Madri dentro de uma investigação sobre o pagamento de impostos pela gigante tecnológica americana.

    Entre os escritórios revistados está a sede do Google na Torre Picasso, arranha-céu localizado na zona financeira da capital.

    "Estamos cooperando com autoridades na Espanha para responder a todas as perguntas, como sempre", afirmou a empresa em comunicado. Na nota, o Google disse cumprir "a legislação fiscal na Espanha" assim como em outros países nos quais tem operações.

    A operação é vinculada a uma investigação por possível evasão fiscal. A empresa está há anos na mira da Fazenda espanhola por seu sistema tributário, já que parte de sua receita é gerenciada a partir da Irlanda. Desta forma, poderia estar artificialmente reduzindo seu negócio na Espanha e reduzindo o valor de impostos a pagar. Em 2011, a Receita espanhola abriu uma investigação sobre o Google referente aos impostos que pagava.

    Não é a primeira vez que a empresa é suspeita de tentar evadir o pagamento de impostos em outros países. Em maio, a polícia francesa revistou escritórios do Google em Paris dentro de uma investigação de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

    As investigações acontecem no momento em que a França e outras autoridades europeias tentam verificar como empresas americanas e outras multinacionais usariam esquemas de planejamento tributário para enviar lucros ao exterior para declará-los em jurisdições com menores taxas de impostos.

    Em janeiro, o Google anunciou que aceitou pagar 130 milhões de libras em impostos devidos à Inglaterra, o que causou críticas de legisladores, que afirmaram que o valor do acordo foi "ridículo" devido ao tamanho dos negócios da empresa gerados no país.

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