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    Plebiscito britânico

    Lagarde prevê queda de até 4,5% do PIB britânico até 2019 após Brexit

    DE SÃO PAULO

    04/07/2016 09h55

    Jacky Naegelen/Reuters
    Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde
    Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde

    A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, estima que o Reino Unido poderá sofrer uma queda de entre 1,5% e 4,5% em seu PIB (Produto Interno Bruto) até 2019 como consequência da decisão de sair da União Europeia. A comparação é com o resultado que o país teria caso permanecesse no bloco europeu.

    Em entrevista ao jornal francês "Le Monde", Lagarde se pronunciou pela primeira vez após o Brexit. Ela ressaltou os efeitos negativos da decisão sobre a economia britânica. "De acordo com as hipóteses, o PIB britânico perderia entre 1,5% e 4,5% até o horizonte de 2019, em relação ao que teria em caso de permanência na UE", afirmou.

    "A incerteza será a palavra-chave durante um certo tempo", ressaltou a diretora-gerente do FMI, que inicia seu segundo mandato à frente do organismo multilateral nesta terça-feira (5).

    Após a decisão de deixar a União Europeia, o Reino Unido teve suas notas de crédito rebaixadas por duas agências de classificação de risco —Standard & Poor's e Fitch—, o que deve encarecer a tomada de crédito das empresas do país.

    Ela lembra que os bancos centrais e especificamente o BCE (Banco Central Europeu) intervirão para retomar o crescimento, mas ao custo de medidas extremas, como no caso das taxas de juros negativas. "Nós adentramos em caminhos ainda desconhecidos", disse.

    Para que a zona do euro possa responder a esses desafios e combater o crescimento do populismo, vai ser necessário que os governantes tenham "uma imensa coragem política", disse a diretora-gerente do FMI.

    Lagarde deu ênfase à necessidade de medidas de proteção sociais no caso da adoção de uma política de austeridade. "A globalização não pode ter efeitos positivos somente para os 400 ou 500 milhões de pessoas que saíram da pobreza absoluta", disse, ressaltando a necessidade de desenvolver os trabalhos realizados no seio do FMI sobre impacto das desigualdades, a redução das classes médias ou os efeitos das mudanças climáticas.

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