• Mercado

    Friday, 26-Apr-2024 17:46:56 -03

    Indústria de veículos cobra mudança em plano de emprego

    DA REUTERS
    DE SÃO PAULO

    07/07/2016 02h05

    A indústria de veículos tenta convencer o governo a ajustar regras rígidas do programa que visa a evitar demissões no setor, de acordo com o presidente da Anfavea, Antonio Megale.

    Sancionado pelo governo Dilma Rousseff em 2015, o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) permite redução da jornada de trabalho e dos salários em até 30%, com uma complementação de 50% da perda salarial bancada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

    O programa tem validade até o final de 2017, mas as montadoras precisam renovar o interesse em permanecer dentro de suas regras, que incluem estabilidade de emprego aos funcionários por um terço do período em que ficaram sob o PPE.

    "O PPE é excelente para a manutenção dos empregos, mas tem algumas restrições que dificultam a operação das empresas", disse Megale. Ele citou como exemplo a impossibilidade de montadoras chamarem hora extra para recuperação de produção afetada por problemas como atrasos na entrega de componentes por fornecedores.

    Segundo Megale, metade das montadoras afiliadas à entidade não adotou o regime e "várias" das que tinham aceitado as regras estão optando por não renovar a participação. "Algumas empresas disseram que não vão renovar o PPE no segundo semestre porque ele não está sendo suficiente."

    Os comentários foram feitos no mesmo dia em que o presidente da entidade que representa os fornecedores de autopeças, Sindipeças, Dan Ioschpe, se reuniu com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, para pedir que o PPE vire permanente, reivindicação também da Anfavea.

    Uma proposta para flexibilização do PPE foi entregue nos últimos dias ao Ministério do Trabalho, disse Megale. Hoje, 21.300 trabalhadores do setor, de um total de 128 mil, estão sob o PPE.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024