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    Temer pede a empresários que priorizem formados no exterior

    GUSTAVO URIBE
    MACHADO DA COSTA
    DE BRASÍLIA

    08/07/2016 18h39

    No momento em que o país enfrenta uma taxa de desemprego de 11,2%, o presidente interino, Michel Temer, pediu nesta sexta-feira (8) a empresários da área industrial que deem preferência à contratação de brasileiros que se formaram no exterior.

    Em encontro promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o peemedebista ressaltou que a mão de obra formada no exterior pode trazer informações tecnológicas para o país.

    Em reunião em maio com centrais sindicais, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) estimou que a taxa de desemprego pode chegar a 14% neste ano.

    "Nas suas empresas e empresas outras que forem conectadas com os senhores, se puderem dar preferência muitas vezes àqueles que se formaram no exterior, porque, queremos ou não, talvez venham bem formados com informações tecnológicas que auferiram no exterior", pediu.

    Em discurso, ele observou ainda que estudantes que participaram do Ciência Sem Fronteiras têm encontrado dificuldades em conseguir emprego no país e avaliou que o programa federal apresenta falhas.

    "Tenho observado uma certa falha nesse programa, porque muitos vão ao exterior e, quando voltam, tendo em vista uma situação dramática que vivemos no país com mais de 11 milhões de desempregados, não conseguem emprego", disse.

    DEPRESSÃO

    No evento, ao citar iniciativas do governo interino, o peemedebista lembrou de medida provisória publicada nesta sexta-feira (8) no "Diário Oficial da União" que promove a revisão de benefícios por incapacidade, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

    O presidente interino demonstrou simpatia por proposta feita pelo presidente da CNI, Robson Andrade, da adoção de meio-período de trabalho para pessoas afastadas da atividade laboral por problemas de saúde.

    Segundo o peemedebista, ao citar a ideia do dirigente da entidade empresarial, pessoas com depressão são capazes de ficar ainda mais deprimidos se ficarem em casa.

    "Ele [Robson Andrade] me deu um exemplo claríssimo. Se ele está com depressão, se ele ficar em casa, é capaz de ficar mais deprimido. Então, quem sabe, em certos momentos, você pode usar essa fórmula. Enfim, são fórmulas, convenhamos, politicamente inovadoras e reveladoras de que a gestão pública tem que levar em conta esses fatos", disse.

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