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    Para acelerar obra do São Francisco, governo libera mais verbas

    VALDO CRUZ
    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    12/07/2016 02h00

    Lalo de Almeida/ Folhapress
    SALGUEIRO, PE, BRASIL, 08-05-2014: Operários trabalham na concretagem da Estação de Bombeamento I ( EB-1), do Eixo Norte da transposição do rio São Francisco em Salgueiro (PE). (Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress, COTIDIANO)
    Operários na concretagem da Estação de Bombeamento I, na transposição do rio São Francisco

    O governo passou a liberar cerca de R$ 100 milhões adicionais por mês para as construtoras responsáveis pelas obras da transposição do rio São Francisco e seus canais complementares nos Estados do Nordeste.

    A intenção é acelerar os projetos para que os dois principais canais sejam concluídos em dezembro e, entre abril e maio de 2017, possam abastecer cidades que sofrem com a seca na região.

    Segundo o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, o governo passou a garantir um pagamento mensal de R$ 215 milhões para as obras. Antes, esse limite estava em R$ 150 milhões.

    Já para os Estados, foram triplicados os repasses mensais para obras feitas em convênio. Os valores passaram de R$ 6 milhões a R$ 10 milhões por mês por Estado para R$ 15 milhões a R$ 30 milhões.

    Nas projeções do governo Dilma, a obra estaria concluída entre 2012 e 2013, mas está quase quatro anos atrasada.

    A obra dos canais já está estimada em mais de R$ 9 bilhões (ao menos 50% mais que a estimativa inicial). Mas terminar os dois canais, de 477 km de extensão, não basta para garantir que a água chegue a quem precisa —deve abastecer 12 milhões de pessoas pela projeção oficial.

    São necessárias obras de barragens e mais 1.300 quilômetros de canais secundários e adutoras. Essas obras foram repassadas para a responsabilidade dos Estados beneficiados —Alagoas, Ceará, Pernambuco e Paraíba—, mas com recursos federais.

    O problema é que os recursos federais vinham caindo com o corte do Orçamento em 2015 e 2016, e as obras dos Estados estão atrasadas. Segundo Barbalho, não é possível mais garantir que o canal e os projetos dos Estados fiquem prontos ao mesmo tempo, já que o descolamento é grande.

    Mas é possível garantir que obras principais estejam prontas até maio do próximo ano para que, após o enchimento dos canais e barragens que fazem parte da transposição, seja possível jogar água também para esses canais e barragens estaduais.

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