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    Dólar sobe a R$ 3,27 com cenário externo e ação do BC; Bolsa cai

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    15/07/2016 13h11

    Após as altas dos últimos dias, boa parte das Bolsas globais recua, incluindo o Ibovespa, em um movimento de realização de lucros. O dólar sobe ante o real, para a casa dos R$ 3,27, seguindo a valorização da moeda americana nos demais mercados e influenciado por mais um ação do Banco Central no câmbio.

    Os investidores digerem os dados de varejo e de produção industrial dos Estados Unidos acima do esperado em junho. Os números elevaram as especulações sobre uma alta dos juros americanos. Com isso, o dólar ganha força.

    Os mercados também reagem ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China do segundo trimestre ligeiramente melhor que o esperado.

    Além disso, o atentado em Nice, na França, que matou mais de 80 pessoas, pressionou as Bolsas europeias.

    CÂMBIO E JUROS

    O dólar à vista subia há pouco 1,35%, a R$ 3,2749, enquanto o dólar comercial ganhava 0,52%, a R$ 3,2770.

    O BC leiloou nesta manhã 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões.

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    NOTAS DE DÓLAR

    Com este leilão, a autoridade monetária reduziu seu estoque de swap cambial tradicional (correspondente à venda futura da moeda americana) para US$ 57,635 bilhões.

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 subia 13,860% para 13,880%; o contrato de DI para janeiro de 2021 operava estável, a 11,980%.

    O CDS do país, espécie de seguro contra calote, caía 0,11%, aos 292,572 pontos.

    BOLSA

    O principal índice da Bolsa paulista perdia há pouco 0,35%, aos 55.288,26 pontos. Com o cenário externo menos positivo, investidores aproveitam para embolsas os ganhos das sessões anteriores.

    As ações PNB na Cesp disparavam 16,53%, a R$ 14,80. Segundo a agência Reuters, o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Renato Villela, afirmou nesta sexta-feira, durante evento com investidores, que o governo estadual analisará a possibilidade de privatizar a estatal paulista de energia.

    As ações da PN Petrobras caíam 0,36%, a R$ 10,89, e as ON tinham queda de 1,20%, a R$ 13,16, apesar da alta do petróleo no mercado internacional
    .
    O papel PNA da Vale perdia 0,21%, a R$ 13,79, enquanto o ON operava estável, a R$ 17,35.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN recuava 1,01%; Bradesco PN, -0,42%; Banco do Brasil ON, +0,94%; Santander unit, -0,72%; e BM&FBovespa, +0,55%.

    EXTERIOR

    Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 caía 0,08%; o Dow Jones, -0,15%; e o Nasdaq, -0,20%.

    Dados de varejo e de produção industrial acima das expectativas indicaram aceleração da economia americana, fazendo com que o dólar se valorizasse frente à maior parte das moedas nesta sessão.

    O Departamento do Comércio informou que as vendas no varejo subiram 0,6% no mês passado após um ganho de 0,2% em maio. Foi o terceiro mês seguido de ganhos e levou as vendas a uma alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Economistas consultados pela Reuters esperavam ganho de 0,1%.

    Em um relatório separado, o Fed disse que a produção industrial aumentou 0,6% no mês passado, revertendo a queda de 0,3% de maio. Economistas ouvidos pela Bloomberg esperavam alta de 0,3%.

    A maior parte das Bolsas europeias recuou, sob pressão das ações de turismo e lazer, que caíram após o atentado em Nice, ocorrido nesta quinta-feira. A Bolsa de Londres subiu 0,22%; Paris perdeu 0,30%; Frankfurt, -0,01%; Madri, -0,25%; e Milão, -0,29%.

    Na China, tanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, quanto o índice de Xangai tiveram variação negativa de 0,01%.

    Dados melhores do que o esperado da economia chinesa no segundo trimestre esfriaram as apostas de mais estímulos monetários.

    O PIB da China cresceu 6,7% no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, resultado ligeiramente superior aos 6,6% esperados pelos analistas e dentro da meta do governo para o ano todo, que varia 6,5% a 7%.

    No restante do continente os mercados subiram. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,68%, com os investidores ainda à espera de medidas de estímulo pelo banco central do Japão.

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