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    Ação da Cesp dispara após secretário do Estado falar sobre eventual venda

    DA REUTERS

    15/07/2016 12h49 - Atualizado às 17h44

    Divulgação/Prefeitura da Ilha Solteira
    Ações da Cesp disparam após secretário estadual falar sobre eventual privatização
    Ações da Cesp disparam após secretário estadual falar sobre eventual privatização

    As ações da estatal paulista de energia Cesp dispararam na Bolsa brasileira nesta sexta-feira (15), em meio a expectativas relacionadas à eventual privatização da companhia.

    O governo de São Paulo retomará brevemente discussões sobre a privatização da Cesp, disse o secretário da Fazenda do Estado, Renato Villela, para investidores em evento promovido pelo JPMorgan nesta sexta-feira (15).

    Os papéis PNB da Cesp encerraram a sessão com ganho de 18,82%, a R$ 15,09. O Ibovespa subiu 0,18%, a 55.578,24 pontos.

    De acordo com relatório do JPMorgan, Villela afirmou no encontro que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) provavelmente ajudará a coordenar um eventual processo de venda da companhia.

    "O governo do Estado não vê sentido em continuar envolvido nesse negócio...a Cesp não é vista como um ativo core e crucial para o Estado", disse o JPMorgan, ao relatar o encontro com o secretário paulista. A Secretaria da Fazenda confirmou as declarações de Villela.

    A Cesp possui um valor de mercado de R$ 3,87 bilhões. A fatia do governo de São Paulo na empresa é de 40%.

    A Cesp opera três hidrelétricas em São Paulo em um total de 1,65 gigawatt em capacidade instalada.

    SONHO ANTIGO

    Em 2011, o governo de São Paulo chegou a considerar a privatização da Cesp, mas o processo não foi adiante devido à perspectiva do vencimento das concessões de diversas hidrelétricas da companhia.

    Após o final dos contratos, o governo federal relicitou as concessões de três das maiores usinas da Cesp.

    A companhia não participou dos leilões em que foram ofertadas as usinas, e com isso viu sua capacidade instalada cair quase 80% ante quase 7,5 gigawatts que possuía anteriormente.

    Criada em 1966 por meio da fusão de diversos ativos do Estado de São Paulo em energia, a Cesp chegou a ter 14 mil empregados e 11 gigawatts em capacidade instalada em 1996.

    A partir de 1997, teve início um processo de privatização de ativos da companhia que resultou na criação de diversas empresas como Elektro, CPFL, Comgás, Duke Energy, Cteep e AES Tietê.

    Os ativos que permaneceram sob controle estatal formaram a atual Cesp, que abriu capital na Bolsa em 2006.

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