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    Bolsa pode ter 11ª alta seguida com exterior positivo; dólar cai a R$ 3,24

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    20/07/2016 12h38

    Zanone Fraissat - 03.set.2015/Folhapress
    Moeda americana opera sem direção definida nesta quarta-feira frente a outras moedas

    Os investidores aproveitaram a manhã desta quarta-feira (20) para embolsar os lucros obtidos após a sequência de dez altas consecutivas do Ibovespa. O principal índice da Bolsa paulista recuava, mas inverteu o sinal e passou a operar no campo positivo, acompanhado a melhora na Bolsa de Nova York e o avanço dos preços do petróleo no mercado internacional.

    Com o cenário externo favorável, o dólar recua ante o real, na casa dos R$ 3,24, após ter subido na véspera, mesmo com nova ação do Banco Central no câmbio.

    O petróleo recuava mais cedo, mas passou a operar em alta, beneficiando os mercados emergentes, como o Brasil. O movimento ocorreu após dados do governo americano mostrarem queda dos estoques da commodity na semana passada maior do que a esperada pelo mercado.

    O principal índice da Bolsa paulista subia há pouco 0,33%, aos 56.882,73 pontos, podendo emplacar o 11º pregão seguido de ganhos. "De certa forma, os agentes estão se antecipando ao processo de impeachment que só deve ser julgado no final de agosto, e também para as mudanças de rumo da economia proposta pela equipe econômica de Michel Temer", escreve Alvaro Bandeira, economista-chefe da Modalmais.

    As ações PN da Petrobras ganhavam 0,59%, a R$ 11,85, mas as ON perdiam 0,65%, a R$ 13,74.

    Os papéis da Vale operavam em baixa, mas passaram a subir 0,87%, a R$ 13,80 (PNA), e 0,41%, a R$ 16,91 (ON), mesmo com o recuo do minério de ferro na China.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhava 1,21%; Bradesco PN, +0,03%; Banco do Brasil ON, +2,19%; Santander unit, +0,10%; e BM&FBovespa ON, -1,88%. Segundo operadores, os papéis do Banco do Brasil sobem com as expectativas de que o banco público venda ativos.

    CÂMBIO E JUROS

    A moeda americana à vista perdia 0,73%, a R$ 3,2478, enquanto o dólar comercial caía 0,33%, a R$ 3,2480. Segundo analistas, a melhora de percepção de risco do país, as perspectivas de recuperação da economia e as altas taxas de juros mantêm o fluxo para renda fixa no país.

    Foram leiloados pelo BC mais 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões.

    Com isso, o estoque de swap cambial tradicional (correspondente à venda futura de dólares) do BC caiu para US$ 56,135 bilhões.

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    NOTAS DE DÓLAR

    Ainda sobre os juros, os investidores aguardam a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, após o fechamento do mercado nesta quarta-feira. As expectativas são de manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, mas o comunicado do BC poderá dar alguma sinalização sobre seus próximos passos.

    "Acreditamos que a Selic continuará em 14,25% ao ano, e ainda não teremos sinais claros de flexibilização monetária. Ilan Goldfajn, o novo presidente do BC, deve optar por começar de forma conservadora, sem muitos sinais diferentes, em nossa opinião", escreve a equipe de análise da Guide Investimentos, em relatório.

    "O ciclo de queda de juros deve começar em outubro, apenas. Assim, somente na próxima reunião do Copom é que o BC deve sinalizar cortes à frente", acrescenta a Guide.

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 caía de 13,865% para 13,835%; o contrato de DI para janeiro de 2021 recuava de 11,990% para 11,900%.

    O CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 0,13%, aos 289,786 pontos.

    EXTERIOR

    Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 subia 0,46%; o Dow Jones, +0,33%; e o Nasdaq, +1,08%, impulsionados por resultados corporativos. As ações da Microsoft ganhavam 5,85%, após a gigante de tecnologia ter reportado lucro líquido de US$ 3,12 bilhões no quarto trimestre fiscal, encerrado em junho. A empresa reverteu resultado negativo registrado um ano antes, de US$ 3,2 bilhões.

    Na Europa, a Bolsa de Londres subia 0,39%; Paris, +1,06%; Frankfurt, +1,52%; Madri, +0,93%; e Milão, +0,48%. Os investidores aguardam o resultado de reunião monetária do BCE (Banco Central Europeu), nesta quinta-feira (21), que pode sinalizar algum estímulo monetário.

    Na Ásia, as Bolsas chinesas recuaram nesta quarta-feira, em meio às incertezas de investidores em relação ao lançamento de mais políticas de estímulo na China neste ano. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,33%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,27%.

    Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 0,25%, seu primeiro recuo em sete dias.

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