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    Universitários criam projetos para facilitar circulação na cidade

    REINALDO CHAVES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    24/07/2016 02h00

    Karime Xavier/Folhapress
    SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -13 /07/16 - :00h - STARTUPs. ANDRE ARCAS - SOLUÇÃO DE MOBILIDADE. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***ESPECIAL
    André Arcas, fundador da Woole, aplicativo para mobilidade de ciclistas

    Um caminho difícil de cerca de 14 km percorrido de bicicleta inspirou André Arcas, 34, a criar uma start-up para ajudar na mobilidade.

    Arcas estudava direito na USP (Universidade de São Paulo) e tinha que se deslocar entre aulas no centro e no Butantã, na zona oeste.

    "Eu ficava indignado por levar cerca de uma hora no trajeto. Tentei vários caminhos, mas o trânsito e a topografia difícil sempre atrapalhavam", lembra.

    O jovem criou então o Woole, aplicativo que permite aos ciclistas pesquisar uma rota com critérios como elevação, segurança e distância.

    A plataforma tem ainda ferramentas para encontrar bicicletários, vestiários e lojas ligadas ao ciclismo.

    Ainda em fase de testes, a Woole já teve cerca de 300 acessos e funciona somente em São Paulo. Até o final do ano, o aplicativo estará disponível para Android e iOS, de forma gratuita.

    "Hoje, nossos usuários são jovens entre 25 e 35 anos, que usam o serviço para ir ao trabalho", diz Arcas, que trabalha na Woole nas horas vagas da carreira de consultor e treinamento de oratória.

    Outra iniciativa inspirada em uma dificuldade própria é o PickMeApp, que trabalha com parcerias para transportar quem está na balada.

    Rômulo Carvalho, 23, teve a ideia após um sufoco na hora de achar com quem voltar para a casa depois de uma festa em Belo Horizonte.

    "Queria uma forma de transporte compartilhado, sustentável e divertido", diz.

    O aplicativo intermedeia o contato entre estabelecimentos comerciais, clientes e motoristas de vans.

    As vans buscam os usuários no local que desejarem e levam para os eventos, que arcam com os custos do transporte. Ao final, eles são levados de volta.

    As baladas, afirma Carvalho, conseguem até 30% de aumento nas vendas com a parceria no transporte.

    O app é gratuito e já teve mais de 7.000 downloads em Android e iOS. São mais de 200 motoristas cadastrados.

    A previsão de faturamento é de R$ 150 mil em 2016.

    MOTORIZADO

    Não é apenas com ferramentas on-line que as start-ups de mobilidade se destacam. Em São José dos Campos (SP), Julio Oliveto, 31, criou o Livre, um kit que transforma qualquer cadeira de rodas em um triciclo elétrico motorizado.

    É um equipamento portátil, que pode ser acoplado sem auxílio de ninguém.

    A ideia surgiu em 2009, como tese de mestrado em engenharia mecânica na Unesp (Universidade Estadual Paulista). Virou negócio cinco anos depois, com um investimento de R$ 160 mil.

    A estrutura, que custa a partir de R$ 4.990, é feita de aço carbono e funciona com um motor elétrico que possui autonomia de 20 a 25 km, de três a quatro horas de uso.

    "As pessoas usam o produto para atividades diárias, como ir ao mercado, situações que muitos evitavam pela falta de acessibilidade nas vias das cidades", diz.

    A empresa já vendeu kits para 16 Estados, além de EUA e Austrália. O negócio ainda não dá lucro e deve alcançar o ponto de equilíbrio, quando não dá mais prejuízo, no próximo ano.

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