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    Negócios inusitados florescem em cidades do interior

    ADRIANA FONSECA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    24/07/2016 02h00

    Karime Xavier/Folhapress
    SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -13 /07/16 - :00h - STARTUPs. IVAN BONOMI - STARTUP INETRIOR. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress). ***EXCLUSIVO***ESPECIA
    Ivan Bonomi, sócio da startup Já Tá Chegando

    Start-ups criadas longe dos grandes centros vão bem, obrigada. Prova disso é a Já Tá Chegando, com sede em Valinhos, cidade da Região Metropolitana de Campinas a uma hora da capital paulista. "Muita coisa é feita pela internet. Mas vamos a São Paulo sempre que há eventos ou reuniões", diz o sócio Ivan Bonomi, 43.

    Fundada em 2015, a empresa permite ao consumidor final monitorar entregas, seja de serviços, como o do técnico da TV, seja de produtos.

    A start-up tem clientes espalhados por Recife (PE), Fortaleza (CE), Rio e São Paulo. Para se ter ideia de como funciona, em farmácias de manipulação que usam o aplicativo da start-up, assim que o entregador sai com sua bicicleta, o cliente recebe uma mensagem informando o tempo estimado da chegada.

    "A empresa aumenta a assertividade na primeira entrega, o que reduz custos, e oferece um diferencial ao consumidor", diz Bonomi.

    Para criar o negócio, ele e os sócios só investiram R$ 5.000, usando a estrutura das empresas que tinham. O dinheiro foi para criação e registro de marca e compra de domínio. Agora, a busca é por aporte de capital.

    "É hora de ter estrutura específica, acelerar o desenvolvimento e investir em marketing", diz Bonomi.

    Localizada em Lavras, Minas Gerais, a Leva Eu também se expande mesmo longe de um grande centro.

    A start-up facilita a gestão de ônibus fretados para viagens pontuais ou recorrentes. A primeira versão do aplicativo rodou em abril de 2015, em um teste com o público da Universidade Federal de Lavras. De lá para cá, parcerias foram fechadas.

    "Fizemos a fase de validação com universidades da região, mas sabemos que o mercado está além, em cidades maiores", diz Ricardo Victório, 40, sócio. O foco agora é crescer em Campinas e São Paulo.

    Hoje, após receber R$ 400 mil do CNPQ (agência oficial de fomento à pesquisa), a Leva Eu tem oito clientes, entre universidades, órgãos públicos e empresas, e 25 mil usuários. A start-up faz a intermediação de 200 viagens por semana. Deve saltar para 500 por dia quando a parceria com a prefeitura de Campinas for fechada.

    O Me Passa Aí, de Itaperuna, no Rio, nasceu em 2013, quando os sócios subiram no YouTube 22 videoaulas de cálculo e física direcionadas a universitários. Após o sucesso -10 mil acessos em três meses-, eles colocaram no ar, em 2014, uma plataforma com 196 aulas de engenharia.

    Com investimento-anjo de R$ 120 mil, apoio de R$ 34 mil da Faperj (fundação de amparo à pesquisa) e mais um prêmio de 20 mil euros foi possível validar o modelo e focar na operação. Em 2015, uma nova plataforma entrou no ar, com 900 aulas, que duram até oito minutos e são ministradas por alunos que se destacam na universidade.

    Hoje, o Me Passa Aí reúne 2.000 aulas nas áreas de exatas, direito, administração e ciências da saúde- e soma 2.300 assinantes pagantes de mais de 350 escolas.

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