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Andre Dorf, presidente da CPFL; ele vê um momento favorável às privatizações no Brasil |
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Mercado
Sunday, 05-May-2024 06:24:40 -03CPFL vê 'avenida aberta' para capital externo e privatizações com Temer
JOANA CUNHA
DE SÃO PAULO23/07/2016 02h00
A forte turbulência enfrentada pelas empresas de energia no Brasil nos últimos anos ficou para trás e abriu-se agora uma oportunidade para a atração de capital estrangeiro e as privatizações, segundo André Dorf, o novo presidente da CPFL Energia.
"A pauta estava muito poluída. Ela foi limpa nos últimos 12 meses, e agora abriu uma avenida no setor para podermos falar de capital estrangeiro e privatizações."
Segundo o executivo, as inseguranças em relação a questões como renovação das concessões, redução de tarifa e racionamento dificultavam a precificação dos ativos.
No início deste mês, a Camargo Côrrea anunciou que aceita vender sua fatia de 23% no bloco de controle da CPFL Energia para a gigante chinesa State Grid Corp. Outro negócio envolvendo a CPFL foi o anúncio da compra da AES Sul, também no movimento de consolidação das distribuidoras.
"Esse governo está muito empenhado em promover as privatizações, e um dos canais para isso poderiam ser as distribuidoras da Eletrobras ou dos Estados que têm desafios fiscais."
Nesta sexta (22), a Eletrobras decidiu que não vai renovar a concessão de nenhuma de suas seis distribuidoras.
AQUISIÇÕES
De acordo com Dorf, o grande potencial de crescimento por meio de aquisições na companhia está nos negócios de distribuição e geração. Mas seu portfólio variado, com braços em segmentos como comercialização e serviços, pode alavancar o avanço da estatal chinesa em outras áreas.
O anuncio da Camargo foi recebido pelo setor como um pontapé da State Grid no setor de distribuição no Brasil. A chinesa já tem negócios aqui desde 2010, mas na área de transmissão.
Dorf afirma, no entanto, que o interesse da State Grid não precisa ficar exclusivamente restrito à distribuição.
"Quando ele olha um portfólio como o da CPFL, acho que é o melhor veículo para o crescimento que ele poderia encontrar no Brasil."
Nos últimos anos, a CPFL montou estrutura que facilita o processo de anexação de novos ativos. De acordo com Dorf, a companhia já está preparada com um centro de serviços que pode ser compartilhado.
"Se amanhã ou depois a gente compra uma usina, uma distribuidora, algum negócio, ou constrói alguma coisa, a gente só precisa plugar nesse modelo de centro corporativo e centro de serviço compartilhado para que o negócio já rode sozinho. A gente não precisa reinventar a roda a cada negócio que for feito", afirma.
CPFL ENERGIA/1° TRI-2016
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
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R$ 232 milhõesNÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
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