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    Dólar vai a R$ 3,28 e Bolsa cai com cautela externa e recuo do petróleo

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    25/07/2016 12h07

    Os investidores iniciam a semana de olho nas reuniões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Japão nesta semana e optam pela cautela nesta segunda-feira (25). O dólar se fortalece frente à maior parte das moedas, e o petróleo recua, pressionado as Bolsas para baixo.

    Com o menor apetite por risco, o dólar comercial também avança frente ao real, influenciado ainda por mais uma ação do Banco Central no câmbio. O Ibovespa recua, acompanhando o movimento na Bolsa de Nova York.

    O mercado doméstico aguarda ainda a divulgação, nesta terça-feira (26), da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que na semana passada manteve a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Os juros futuros de longo prazo e o CDS (credit default swap) brasileiro de cinco anos sobem.

    CÂMBIO E JUROS

    O dólar comercial subia há pouco 0,89%, a R$ 3,2870. A moeda americana à vista perdia 0,18%, a R$ 3,2856.

    O BC leiloou pela manhã mais 10.000 contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares, no montante de US$ 500 milhões. Desta forma, a autoridade monetária reduziu seu estoque de swap cambial tradicional (correspondente à venda futura da moeda americana) para US$ 54,635 bilhões.

    DÓLAR
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    NOTAS DE DÓLAR

    No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 mantinha-se estável, a 13,945%; o DI para janeiro de 2018 também operava estável, a 12,840%; e o DI para janeiro de 2021 subia de 12,070% para 12,100%.

    O Boletim Focus, do Banco Central, manteve nesta semana a projeção para a Selic em 13,25% neste ano e em 11% em 2017. Para a inflação, as estimativas são de que o IPCA termine o ano a 7,21%, ante 7,26% na semana passada. A estimativa de inflação para 2017 passou de 5,30% para 5,29%,

    O CDS, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, subia 0,94%, aos 289,352 pontos.

    BOLSA

    O Ibovespa recuava há pouco 0,88%, aos 56.515,47 pontos.

    As ações da Petrobras ganhavam 0,67%, a R$ 12,02 (PN), e 0,07%, a R$ 13,76 (ON), apesar da queda do petróleo no mercado internacional.

    Os papéis PNA da Vale operavam estáveis, a R$ 13,96, mas os ON recuavam 0,81%, a R$ 17,01, mesmo com o avanço do minério de ferro na China nesta segunda-feira.

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN caía 1,34%; Bradesco PN, -1,20%; Banco do Brasil ON, +1,84%; Santander unit, -0,75%; e BM&FBovespa ON, -1,55%.

    EXTERIOR

    O recuo do petróleo também pressiona as Bolsas globais, e o dólar se valoriza em meio à cautela dos investidores em relação à decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), nesta quarta-feira (27).

    As estimativas são de manutenção dos juros nos atuais patamares, mas o mercado espera obter pistas sobre os passos do Fed nas próximas reuniões.

    Os investidores também aguardam a decisão do banco central do Japão, nesta sexta-feira (29), que pode sinalizar novos estímulos monetários.

    O petróleo Brent, negociado em Londres, recuava 1,82%, a US$ 44,86 o barril; o petróleo tipo WTI, negociado em Nova York, caía 2,01%, a US$ 43,30.

    Os preços da commodity caem pela terceira sessão seguida, em meio às preocupações com o excesso de oferta mundial e o aumento do número de plataformas de petróleo nos Estados Unidos.

    Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 perdia 0,42%; o Dow Jones, -0,46%; e o Nasdaq, -0,08%.

    Na Europa, a Bolsa de Londres perdia 0,43%; Paris, -0,13%; Frankfurt, +0,40%; Madri, -0,51%; e Milão, -0,59%.

    Na Ásia, as Bolsas chinesas fecharam com leve alta. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 0,18%, enquanto o índice de Xangai avançou 0,13%. O índice japonês Nikkei caiu 0,04%.

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