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    Brasil registra deficit com o exterior de US$ 2,5 bilhões em junho

    MACHADO DA COSTA
    DE BRASÍLIA

    26/07/2016 10h48 - Atualizado às 12h16

    Depois de dois meses no azul, o Brasil voltou a registrar um deficit nas contas externas em junho. O desempenho de mais fraco da balança comercial fez com que as transações comerciais e financeiras do país com o resto do mundo registrassem no mês passado um saldo negativo de US$ 2,479 bilhões.

    No ano, por outro lado, é o pior resultado desde janeiro, quando o saldo ficou negativo em US$ 4,8 bilhões.

    O saldo entre exportações e importações, que nos últimos meses vinha conseguindo compensar o deficit de outras transações, em junho, ficou em US$ 3,755 bilhões, enquanto que no mesmo mês de 2015, o saldo ficou em US$ 4,325 bilhões.

    Com a balança ainda superavitária, o rombo só aparece quando são adicionadas as contas de serviços e de remessas de renda ao exterior. A primeira apontou um deficit de US$ 3,594 bilhões, enquanto que a segunda um saldo negativo de US$ 2,873 bilhões.

    No semestre, há deficit de US$ 8,444 bilhões. Em 12 meses, o deficit é de US$ 29,4 bilhões, o que representa 1,67% do PIB.

    O Banco Central projeta um saldo negativo em transações correntes de US$ 15 bilhões até o final do ano.

    Em 2015, entre os meses de janeiro e junho, o buraco nas transações correntes do país no acumulado estava em US$ 37,888 bilhões. Assim, o deficit de 2016, em comparação ao do ano anterior, é 78% menor.

    Balanço das transações correntes - Em R$ bilhões

    INVESTIMENTOS DIRETOS

    Os investimentos diretos no país somaram US$ 3,917 bilhões em junho. Em doze meses, eles totalizam US$ 78 bilhões, o que equivale a 4,42% do PIB.

    Há um ano, essa conta apontava uma entrada de investimentos da ordem de US$ 81,9 bilhões —o que aponta uma redução de 4,7%.

    No primeiro semestre, por outro lado, os investimentos estão crescendo. Somaram US$ 33,816 bilhões —uma alta de 9,3% quando comparado com o mesmo período do ano passado.

    O investimento direto é a principal fonte de dólares para o Brasil e tem ajudado a manter o balanço de pagamentos, o saldo entre entrada e saída de recursos, positivo neste ano.

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