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    Novatos, fundos simples têm rentabilidade abaixo do CDI

    GILMARA SANTOS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    30/07/2016 02h16

    Marcelo Fonseca - 25.fev.2014/Folhapress
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    Modalidade tem de aplicar ao menos 95% em títulos do governo

    Criados em outubro do ano passado, os fundos simples enfrentaram alguns percalços no primeiro semestre no que diz respeito à classificação na Anbima (associação das entidades de mercado). Alguns gestores reclamaram de terem sido enquadrados na categoria, mesmo tendo características de outros tipos, como renda fixa.

    Esses fundos, de risco baixo e custo reduzido, foram criados com objetivo de atrair quem hoje deixa seus recursos na poupança. Eles têm de aplicar, no mínimo, 95% em títulos do governo e não podem investir em ações.

    Instrução publicada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) dava até 30 de junho às gestoras para adaptar seus produtos na Anbima. Num primeiro momento, toda a base de fundos da associação foi enquadrada conforme a nova categoria. Só depois as instituições tinham a obrigação de fazer a classificação correta.

    Com isso, alguns fundos apontados na entidade como simples foram, na verdade, classificados incorretamente. Da mesma forma, alguns produtos classificados como de renda fixa pertenceriam à categoria simples.

    "São cerca de 13 mil fundos e entre 3% e 4% tiveram problemas de classificação", afirma Hudson Bessa, gerente de base de dados e de informações. Muitos eram fundos simples. "Não tínhamos como cobrar nada antes porque o prazo era 30 de junho. Agora é o período de passar o pente-fino e fazer todos os testes de consistência", diz.

    MELHORES FUNDOS SIMPLES DO SEMESTRE - De acordo com o retorno, descontada a taxa de administração*

    Todos os 11 fundos classificados como simples tiveram rentabilidade abaixo dos 6,72% do CDI (taxas de juros de empréstimos entre instituições financeiras) no primeiro semestre. O mais bem colocado, do Daycoval, rendeu 6,69% no período.

    Dos três primeiros, os gestores de dois negaram ter características de fundos simples -entre eles o Daycoval. O Brasil Plural também rejeita a classificação da Anbima.

    Segundo o Daycoval, o problema já está sendo solucionado. O Brasil Plural diz que seu fundo, apesar de ter característica de simples, está registrado como referenciado DI -classificação extinta pelas novas regras.

    O terceiro lugar, da Geração Futuro, apostou em letras financeiras de grandes bancos. Eduardo Moreira, sócio-diretor da corretora, diz que, para conseguir 100% do CDI, o investidor precisa de um volume grande de recursos. Caso contrário, terá ganho menor.

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