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    Nova política para indústria sai em até quatro meses, diz BNDES

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    02/08/2016 14h30

    A diretora de indústria e insumos básicos do BNDES, Cláudia Prates, disse nesta terça-feira (2) que a nova política operacional do banco para o setor deve ser divulgada em até quatro meses. Ela evitou adiantar detalhes da elaboração da nova política, mas ressaltou que o objetivo é focar em competitividade e inovação, priorizando pequenas e médias empresas.

    Na semana passada, o banco adiantou as novas condições para o financiamento de linhas de transmissão, que reduzem a participação dos empréstimos em TJLP para 50% do total financiado. A participação do BNDES nos projetos pode chegar a 70%, mas o volume adicional será emprestado a juros de mercado.

    O anúncio foi antecipado porque há um leilão de linhas de transmissão previsto para o início de setembro. Prates não quis dizer para quanto irá o limite de financiamento com TJLP na indústria.

    "Vamos continuar financiando indústria. Hoje já é uma parcela menor de TJLP na indústria e isso deve permanecer. Agora, o percentual exato não sei", disse ela, em entrevista coletiva para anunciar aportes de R$ 3,58 bilhões em projetos de inovação dos setores químico e mineral em parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

    A maior parte dos recursos será destinada ao Padiq (Plano de Apoio ao Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química), que terá R$ 2,4 bilhões para 27 projetos de pesquisa tecnológica. A seleção dos projetos foi concluída em junho, abrangendo desde pequenas empresas a gigantes como Bunge e Brastemp.

    O programa vai fomentar estudos nas áreas de produção de químicos a partir de fontes renováveis, fibras de carbono, insumos para higiene pessoal e cosméticos, aditivos químicos para alimentação animal e para exploração e produção de petróleo e derivados de silício.

    Os recursos da BNDES e Finep financiarão, em média 70% dos projetos.

    Na outra frente, as duas instituições abriram programa semelhante para o setor mineral, com estimativa de gastos de R$ 1,18 bilhão.

    Os focos serão minerais "portadores do futuro", como silício, lítio e nióbio, ampliação da produção de fosfato e potássio, matérias-primas para a produção de fertilizantes, competitividade e redução e mitigação de riscos ambientais.

    Neste último caso, a Finep espera procura por empreendedores interessados em buscar alternativas para o depósito de rejeitos minerais, preocupação que ganhou peso após a tragédia provocada pelo rompimento da barragem de Mariana (MG).

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