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    Criação de vagas nos EUA supera expectativas em julho

    ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
    DE NOVA YORK

    05/08/2016 10h11

    Brian Snyder/Reuters
    Estados Unidos criaram 255 mil novas vagas em julho, mais do que o previsto por economistas
    Estados Unidos criaram 255 mil novas vagas em julho, mais do que o previsto por economistas

    Os Estados Unidos criaram 255 mil novas vagas —76 mil a mais do que o previsto por economistas sondados pelo "Wall Street Journal"—, mostra o relatório sobre emprego em julho, divulgado nesta sexta (5) pelo Departamento do Trabalho americano.

    Depois de um PIB (Produto Interno Bruto) decepcionante —1,2% no segundo trimestre na taxa anualizada, menos da metade dos 2,5% esperados por especialistas—, o dado ajuda a dissipar uma ideia que assombra o governo Barack Obama: a economia vem se recuperando, porém num ritmo mais lento do que o esperado.

    O aumento de juros no país, indicador de saúde econômica, vem sendo adiado há meses, após alta em dezembro —a primeira desde 2006, quando os EUA entraram na pior recessão doméstica desde a Grande Depressão de 1929.

    O índice de desemprego, que desde o final do ano passado não supera 5%, ficou em 4,9% (7,8 milhões de pessoas), mesmo patamar do mês anterior.

    Criação de vagas de emprego nos EUA - Em mil

    No auge da crise dos anos 2000, chegou a ser o dobro —em outubro de 2009, 10% da força de trabalho não tinha uma vaga.

    Em junho, o governo reportou um acréscimo de 292 mil postos de trabalho após um maio anêmico, com 38 mil novas vagas reportadas inicialmente, número depois revisto para baixo: 24 mil.

    O temor era que o desempenho frustrante de maio fosse uma tendência, e não um ponto fora da curva.

    Naquele mês, uma massa de mais de 35 mil trabalhadores em greve inflou o número de desempregados (nos EUA, grevistas são computados como alguém fora do mercado).

    Receios globais no mês que antecedeu o 'brexit' (plebiscito que sacramentaria o divórcio entre Reino Unido e União Europeia ) também colaboraram para o resultado ruim, avaliaram economistas à época.

    Em julho, a alta foi puxada por vagas em serviços, saúde e financeiro. O setor mineiro, em compensação, permanece em queda: menos 6.000 postos.

    Desemprego nos EUA - Em %

    Desde o pico em setembro de 2014, a indústria já perdeu 220 mil vagas (26%), segundo o governo.

    O desempenho econômico tem implicações eleitorais num ano em que os americanos vão às urnas decidir se a democrata Hillary Clinton ou o republicano Donald Trump deverão herdar de Obama a Casa Branca.

    A campanha republicana vem usando a retomada lenta para atacar Hillary, do partido do presidente. Outro argumento corriqueiro: os empregos podem ter voltado, mas são piores do que as vagas perdidas no passado.

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