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    Economistas projetam inflação de 7,2% e queda menor do PIB neste ano

    DE SÃO PAULO

    08/08/2016 08h58 - Atualizado às 10h45

    Mateus Bruxel/Folhapress
    Mercado projeta inflação menor e queda menos acentuada da atividade econômica em 2016
    Mercado projeta inflação menor e queda menos acentuada da atividade econômica em 2016

    Economistas e instituições financeiras consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para a inflação neste ano e também melhoraram a previsão de retração da atividade econômica em 2016, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8).

    A pesquisa semanal mostrou que a expectativa para a inflação neste ano recuou de 7,21% para 7,20%. Houve queda também na projeção para 2017, que passou de 5,20% para 5,14%, mais próxima do centro da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) —4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2018, a inflação estimada é de 4,5%.

    A perspectiva para a retração do PIB (Produto Interno Bruto) também sofreu leve melhora, ao passar de 3,24% para 3,23%. Para 2017, a estimativa de crescimento foi mantida em 1,10%, enquanto em 2018 a expansão prevista é de 2%, a mesma da pesquisa anterior.

    Boletim Focus

    Pesquisas no mercado mostram um cenário mais otimista em relação à recuperação econômica. Segundo o IP Brasil, índice que avalia o humor da opinião pública com base em postagens nas redes sociais e publicações nos meios de comunicação, a expectativa dos brasileiros sobre os acontecimentos políticos e econômicos alcançou seu menor nível de volatilidade em julho.

    O IP demonstra que, entre julho de 2015 e o mês passado, seu período de maior trajetória de crise aguda se encerra agora com melhora das percepções.

    CÂMBIO

    A projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano se manteve em R$ 3,30, após quedas sucessivas. Na semana passada, o dólar caiu 1,75%, em meio à aproximação do fim do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. A leitura do mercado é de que, se for efetivado no cargo, o presidente Michel Temer terá mais condições de conduzir o ajuste fiscal.

    Também contribuiu para a queda do dólar a ampliação da liquidez mundial, com a decisão do banco central britânico de cortar os juros na quinta-feira passada (4), aumentou o fluxo de recursos estrangeiros para o Brasil, onde as taxas de juros são elevadas. Para o próximo ano, a perspectiva é que o dólar encerre em R$ 3,50, mesmo nível da semana anterior.

    As previsões para a taxa básica de juros (Selic) foram mantidas em 13,50% neste ano e em 11% em 2017.

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