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    'Flanelinha' de avião está com os dias contados no aeroporto de Guarulhos

    JOANA CUNHA
    DE SÃO PAULO

    14/08/2016 02h00

    Joel Silva/ Folhapress
    Fiscal de pista baliza avião no Aeroporto de Guarulhos
    Fiscal de pista baliza avião no Aeroporto de Guarulhos

    Uma figura icônica da aviação, o sinalizador não será mais visto nas pistas do aeroporto de Guarulhos.

    Também chamado de balizador, é aquele sujeito popularmente conhecido como "flanelinha" de avião, que fica na pista movimentando os braços com dois bastões laranja nas mãos para orientar o piloto a estacionar no momento da aterrissagem.

    O maior aeroporto do país vai concluir até o fim do ano a instalação de um sistema eletrônico para fazer o serviço, seguindo uma tendência já implantada em aeroportos como Heathrow, em Londres, Charles de Gaulle, em Paris, e JFK, em Nova York.

    O programa conhecido como VDGS, ou sistema avançado de docagem visual, usa sensores para reconhecer a posição da aeronave na vaga.

    Quando ela começa a ser estacionada, o painel localizado na ponta dianteira da vaga emite sinais para indicar ao piloto as manobras necessárias. Segundo a GRU Airport, concessionária do aeroporto, as vantagens da tecnologia são precisão e segurança.

    Além de direcionar o piloto, como fazem os balizadores humanos com seus pequenos bastões, a tecnologia o avisa exatamente quantos metros faltam até a parada.

    No modo antigo, o balizador ordenava a parada quando a aeronave atingia uma linha amarela pintada no chão.

    Outra vantagem é agilidade para alocar as aeronaves nas pontes de embarque.

    Já estão em operação 106 dos 114 equipamentos adquiridos. Mas este é um caso em que o avanço tecnológico não ameaçou o emprego, segundo a GRU Airport.

    Os 116 trabalhadores que operam a função continuarão exercendo suas outras atribuições na fiscalização do pátio, como verificar o uso de equipamentos de segurança, as condições de manutenção e limpeza e a movimentação de pessoas em áreas restritas.

    Eles também poderão balizar com as mãos, quando, eventualmente, a tecnologia vier a falhar.

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