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    Gol tem 2º lucro seguido com câmbio e resultado operacional melhor

    DA REUTERS

    16/08/2016 08h30

    Antônio Gaudério/Folhapress
    Aeronave da Gol pousa no aeroporto de Congonhas, em São Paulo
    Aeronave da Gol pousa no aeroporto de Congonhas, em São Paulo

    A companhia aérea Gol teve um segundo trimestre consecutivo de resultado positivo, em um desempenho apoiado por efeitos contábeis gerados pela valorização do real em relação ao dólar e plano de reestruturação que reduziu o tamanho da frota da empresa.

    A Gol teve lucro líquido de R$ 309,5 milhões no segundo trimestre, revertendo resultado negativo de R$ 355 milhões no mesmo período de 2015. No primeiro trimestre, mais movimentado para o setor aéreo que o segundo, a Gol já havia divulgado resultado positivo de R$ 757 milhões, impulsionado por câmbio e devolução de aeronaves.

    Segundo a companhia, a valorização do real frente ao dólar gerou um ganho contábil de R$ 778,8 milhões de abril a junho.

    Além disso, o yield —indicador que mede o preço das passagens aéreas— teve alta de 9,2% no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado, para 22,12 centavos de real. Com isso, a receita líquida por passageiro teve avanço de cerca de 7%, a 16,64 centavos de real.

    O período ainda foi marcado por queda nos preços do combustível, cujo preço por litro recuou 17,3%, o que ajudou a fazer a despesa com esse item ter queda de 28% no segundo trimestre sobre um ano antes, para R$ 591,7 milhões.

    A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) ajustado foi de R$ 247 milhões. Nos três meses encerrados em junho do ano passado tinha sido de R$ 80,5 milhões.

    O resultado operacional negativo (Ebit) caiu, passando de R$ 251 milhões no segundo trimestre de 2015 para R$ 171 milhões nos três meses encerrados em junho deste ano.

    A Gol também informou que prevê margem operacional de 4% a 6% neste ano. A empresa manteve a previsão de queda de 5% a 8% na oferta total e de recuo de 15% a 18% nas decolagens em 2016. O plano de frota prevê que a empresa vai encerrar 2016 com frota de 122 aeronaves. Ao final do primeiro semestre, o número foi de 139.

    A empresa fechou o trimestre com dívida líquida ajustada de R$ 14,3 bilhões, crescimento de 31% ante um ano antes. A relação de alavancagem medida pela dívida líquida ajustada sobre o Ebitdar passou de 7,3 para 7,6 vezes.

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