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    Vevo, de música on-line, quer levantar US$ 500 milhões de investidores

    DO "FINANCIAL TIMES"

    19/08/2016 12h21

    Nelson Antoine/FramePhoto/Folhapress
    Vevo, serviço de musica on-line, contratou Goldman Sachs para levantar US$ 500 milhões
    Vevo, serviço de musica on-line, contratou Goldman Sachs para levantar US$ 500 milhões

    O Vevo, serviço de musica on-line controlado pelas grandes gravadoras internacionais, contratou o banco Goldman Sachs para obter US$ 500 milhões em capital de novos investidores, de acordo com três pessoas informadas sobre os planos.

    O esforço de capitalização surge no momento em que a empresa, cujos sócios majoritários são o Universal Music Group (UMG) e Sony Music, está desenvolvendo um serviço de música por assinatura. O Vevo deseja arrecadar entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões para bancar expansão internacional, potenciais aquisições e desenvolvimento de novos serviços televisivos e para aparelhos móveis.

    O UMG e a Sony Music controlam cada um 40% do Vevo. O YouTube, do Google, e a Abu Dhabi Media Companies têm participações menores.

    O esforço de capitalização surge em um momento de competição aquecida entre serviços digitais de música. Spotify e Apple Music se tornaram os líderes entre os serviços de streaming de música, mas os dois estão cada vez mais interessados em vídeos. Enquanto isso, o YouTube oferece mais música gratuita do que qualquer dos dois serviços.

    O YouTube, que recentemente lançou seu serviço de música paga, é o principal portal online para o conteúdo do Vevo. No entanto, é sabido que o Vevo está ávido por se tornar mais autossuficiente e menos dependente do YouTube.

    No ano passado, a empresa contratou Eric Huggers como presidente-executivo, para dar forma a uma nova estratégia para ela. Huggers, que anteriormente comandava os vídeos online da BBC e dirigiu a equipe que projetou o BBC iPlayer, está ansioso por lançar um serviço por assinatura que enfatize conteúdo original em vídeo, a fim de complementar os vídeos musicais do Vevo.

    Neste mês, a empresa garantiu direitos sobre o catálogo da Warner Music, preenchendo uma lacuna em seu catálogo musical e se posicionando melhor para concorrer com outros serviços de streaming. Quando o acordo foi assinado, Huggers o definiu como "passo importante naquela direção [de um serviço pago por assinatura]" —que ele pretende lançar até o final do ano.

    No mês passado, o Vevo reformulou seus apps e site e anunciou que contaria com apresentadores para oferecer programação original e listas orientadas de conteúdo. Também promoveu melhoras técnicas, acrescentando recursos como uma opção de vídeo vertical ao modo Snapchat, para exibir vídeos musicais.

    O Spotify continua líder nas assinaturas, com 30 milhões de usuários pagantes, ainda que esteja enfrentando crescente concorrência da Apple, que em junho reportou ter atingido os 15 milhões de assinantes. Os serviços Amazon Prime e Tidal, este controlado por Jay Z, também estão disputando os assinantes de música.

    O avanço do Vevo rumo a um modelo de assinatura surge no momento em que o streaming ultrapassou os downloads digitais como maior fonte de receita na indústria da música dos Estados Unidos.

    Enquanto isso, as gravadoras, prejudicadas pela forte queda nas vendas de álbuns, estão envolvidas em uma disputa com o YouTube, em meio a negociações de novos termos de licenciamento junto ao site. O YouTube foi criticado por artistas e companhias de música que argumentam que ele explora as leis de proteção aos direitos autorais para pagar valores inferiores ao de mercado pelo conteúdo que oferece.

    Tradução de PAULO MIGLIACCI

    Edição impressa
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