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    Congresso aprova texto-base da LDO 2017 com novo teto para gasto federal

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    24/08/2016 00h43 - Atualizado às 02h28

    O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quarta-feira (24) o texto-base da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2017, na versão proposta pelo presidente interino, Michel Temer. Os parlamentares ainda vão analisar, em uma data a ser definida, propostas que podem alterar o texto principal.

    O texto atual é o mesmo aprovado pela Comissão Mista de Orçamento em julho e limita o aumento de gastos no próximo ano à inflação de 2016.

    Na Câmara, a proposta teve 252 votos favoráveis e oito contrários. No Senado, o texto foi aprovado simbolicamente.

    A LDO estabelece os parâmetros para a elaboração do Orçamento. Além de antecipar a regra do teto de gastos, que faz parte de uma proposta de emenda à Constituição que tramita no Congresso, a LDO 2017 traz outras mudanças em relação à proposta original enviada pela presidente afastada Dilma Rousseff ao Congresso.

    O governo interino elevou, por exemplo, a previsão de deficit nas contas do governo federal de um deficit de R$ 65 bilhões para R$ 139 bilhões. Também foi retirada da LDO a previsão de receitas com uma possível volta da CPMF, outra proposta de Dilma abandonada por Temer.

    O projeto prevê ainda deficit de R$ 1 bilhão para Estados e R$ 3 bilhões para empresas estatais federais, o que resultaria em resultado negativo do setor público de R$ 143 bilhões. Em 2016, o deficit público estimado é de R$ 163,9 bilhões.

    A LDO também coloca entre as prioridades da administração pública federal a conclusão de obras inacabadas com percentual de execução superior a 50%.

    Até o dia 31 de agosto, o governo vai enviar ao Congresso a proposta de Orçamento para 2017.

    A longa duração da sessão do Congresso, que começou antes do meio-dia de terça-feira (23), levou os deputados a adiarem a votação final do projeto da renegociação das dívidas dos Estados com a União, que será retomada nas próximas semanas.

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