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    UE pode exigir que YouTube faça acordo com indústria musical

    DA REUTERS

    25/08/2016 18h29

    Sites como o YouTube, DailyMotion e Pinterest podem ter que buscar licenças ou acordos de compartilhamento de receitas com artistas para conteúdo carregado por usuários, como parte de uma reforma de direitos autorais na União Europeia.

    A indústria de música tem reclamado há tempos que serviços como o YouTube não pagam o suficiente a artistas por suas músicas e pediram aos reguladores para fechar o que chamam de lacuna de valor.

    Eles dizem que o Google obtém muitas receitas a partir de serviços apoiados por anúncios como o YouTube, mas apenas parte disto vai para a indústria de música.

    A Comissão Europeia está tentando obrigar plataformas que hospedam conteúdos disponibilizados por usuários como YouTube, Vimeo e DailyMotion a buscar acordos com donos de direitos autorais, "refletindo o valor econômico do uso de conteúdos protegidos", segundo um projeto, que lista as ações preferidas para a reforma de direitos autorais.

    O acordo poderia assumir a forma de uma licença de direitos autorais ou um acordo financeiro, como compartilhamento de receita, uma opção que já é amplamente utilizada.

    A proposta ainda está sendo discutida e a versão final é aguardada no fim de setembro.

    Lucy Nicholson/Reuters
    Astros pop dizem que YouTube está "injustamente sugando valor"
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    RECLAMAÇÃO DOS ASTROS

    Em junho, astros do pop —como Coldplay, Ed Sheeran e Lady Gaga— reclamaram junto à Comissão Europeia, afirmando que o YouTube estava sugando valor que deveria ser repassado a músicos e compositores.

    De acordo com o "Financial Times", mais de 1.000 bandas e músicos assinaram a carta encaminhada a Jean-Claude Juncker, o presidente da comissão, afirmando que existe uma "disparidade de valor" cada vez maior entre o crescente consumo de música -que está "explodindo"- e a receita gerada por ele.

    "A disparidade de valor solapa os direitos e as receitas daqueles que criam, investem e controlam direitos musicais, e distorce o mercado", escreveram os músicos.

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