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    Plebiscito britânico

    Europa pode ir pelo ralo se 'brexit' for mal gerido, diz ministro alemão

    DA REUTERS

    28/08/2016 17h52

    O ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel, disse neste domingo (28) que, se a saída do Reino Unido da União Europeia fosse mal gerida e outros países membros seguissem a sua liderança, a Europa iria "pelo ralo".

    "O 'brexit' é ruim, mas não vai nos machucar tanto economicamente como alguns temem. É mais um problema psicológico e é um enorme problema político", disse Gabriel, vice da chanceler Angela Merkel na coalizão de governo da Alemanha.

    Ele acrescentou que o mundo agora considerava a Europa como um continente instável.

    "Se nós organizarmos o 'brexit' no caminho errado, então nós estaremos em apuros. Agora precisamos ter certeza de não permitir que o Reino Unido mantenha as coisas agradáveis, por assim dizer, em relação à Europa, ficando sem nenhuma responsabilidade", disse Gabriel.

    Desde o referendo para a saída britânica da União Europeia em 23 de junho, todos os olhos se voltaram para a Alemanha em busca de uma indicação de um caminho sem perigo aos 27 membros que permanecerão.

    Em entrevista à emissora alemã ARD, neste domingo, Merkel disse: "estamos todos de acordo na União Europeia que a saída do Reino Unido, o resultado do referendo, tem um grande impacto."

    NEGOCIAÇÕES COM OS EUA

    Sigmar Gabriel também afirmou que fracassaram as negociações sobre a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, na sigla em inglês), um acordo de livre comércio que está sendo negociado por Estados Unidos e União Europeia.

    "As negociações com os EUA falharam de fato porque nós, europeus, não queremos nos submeter às exigências americanas", disse ele, de acordo com uma transcrição escrita da emissora alemã ZDF de uma entrevista que deverá ser transmitida neste domingo.

    "As coisas não estão se movendo nessa frente", disse Gabriel.

    Os EUA e a UE têm negociado a TTIP por três anos e ambos os lados buscavam concluir as negociações em 2016, mas eles têm diferenças sobre vários assuntos, incluindo a agricultura.

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