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    Presidente chinês abre a cúpula do G20 defendendo mais ação

    JOHANNA NUBLAT
    ENVIADA ESPECIAL A HANGZHOU

    04/09/2016 06h42

    Greg Baker/AFP
    Presidente brasileiro Michel Temer (esq.) posa ao lado dos líderes dos países do G20, em cúpula na China
    Presidente brasileiro Michel Temer (esq.) posa ao lado dos líderes dos países do G20, em cúpula na China

    O presidente chinês, Xi Jinping, abriu a cúpula do G20 na tarde deste domingo (4) na China, ainda madrugada no Brasil, defendendo que a instância funcione mais como "um grupo de ação" que de debates.

    "Há oito anos, no auge da crise [econômica], o G20 agiu com espírito de unidade e parceria, tirou a economia do precipício para o caminho da estabilidade. Hoje, a economia global de novo atingiu uma encruzilhada crítica", disse o chinês em Hangzhou, cidade que recebe esta edição da cúpula.

    Antes do discurso de abertura de Xi, os líderes dos países presentes à reunião se reuniram para a foto oficial do encontro.

    Na foto, Temer aparece na ponta da esquerda.

    Do local da foto até a sala da reunião, o presidente Michel Temer caminhou quase todo o tempo sem interagir, um pouco atrás de Xi Jinping e Vladimir Putin, que conversavam na frente do grupo.

    Após a primeira reunião de trabalho, sobre coordenação e caminhos de crescimento, Temer deve participar de um jantar oferecido às lideranças do grupo.

    Elas voltam a se reunir nesta segunda (5) para debater outros temas da agenda e para emitir o comunicado final do encontro.

    Nesta segunda (5), Temer deverá ter bilaterais com Espanha, Itália e Japão –esta última não estava confirmada até aqui.

    EFETIVIDADE DAS METAS

    A taxa de respeito aos principais compromissos firmados pela cúpula do G20 do ano passado, realizada em Antalya (Turquia), chegou a 78% na média dos países e da União Europeia, segundo relatório elaborado pelo Grupo de Pesquisa do G20 (Universidade de Toronto).

    O estudo leva em conta 13 compromissos escolhidos como prioritários entre os 113 identificados em comunicados da cúpula do G20 de 2015, e as ações dos membros no sentido de cumpri-los. O período de análise vai de novembro de 2015 (data da última cúpula) até 3 de setembro deste ano.

    Três notas são dadas, a depender das ações adotadas: -1 (falha em cumprir ou ações no sentido contrário), 0 (respeito parcial ou trabalho em progresso) e +1 (cumprimento total); o -1 corresponde a 0% e o +1 a 100%.

    No topo da lista, estão Reino Unido e Estados Unidos, empatados na primeira posição. Brasil vem em novo lugar, empatado com Austrália e França. O Japão ficou na pior posição.

    Os compromissos avaliados são referentes a subsídios a combustíveis fósseis, refugiados, políticas fiscais, Fundo Monetário Internacional, protecionismo, financiamento do terrorismo, comércio, remessas de dinheiro de imigrantes, impostos, gênero no mercado de trabalho, terrorismo, transparência dos sistemas de impostos e acesso ao mundo digital.

    O ponto mais fraco do Brasil foi em subsídios aos combustíveis fósseis (o compromisso menos respeitado na média dos integrantes do G20); o país também não foi bem avaliado em remessas, terrorismo e acesso digital.

    O cumprimento dos compromissos firmados na cúpula passada superou a média de anos anteriores, como Brisbane em 2014 (71%) e São Petersburgo, em 2013 (72%).

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