A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendou que a proposta dos maiores bancos do país de criar uma central de crédito com informações negativas e positivas de clientes possa ser aprovada sob condições.

Anunciada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) no início do ano, a Gestora de Inteligência de Crédito (GIC) tem por objetivo destravar o chamado cadastro positivo, que existe por lei desde 2011. Com ele, o sistema financeiro poderia conceder taxas de juros menores a clientes com bom histórico de adimplência.

"A GIC será uma nova concorrente no mercado de bureau de crédito. Importante salientar que os bancos são e continuarão sendo clientes dos bureaus existentes, portanto o mercado vai se fortalecer com essa iniciativa", disse a Febraban em nota.

O GIC passaria a concorrer com Serasa e SPC,

Em despacho publicado no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (5), a superintendência determinou o envio do caso ao tribunal da autarquia, mas condicionando a um acordo.

O acordo em controle de concentrações é um documento firmado entre bancos e o Cade para cumprimento de metas que garantam a competição no mercado. Prevê, entre outras obrigações, metas para o crescimento do cadastro positivo, garantias de não discriminação para bureaus de crédito concorrentes no acesso a informações de crédito e mecanismos de governança corporativa para evitar a troca de informações entre os bancos sócios por meio da joint venture.

Com Reuters