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    Renda das famílias dos Estados Unidos tem a maior alta desde 1967

    DO "NEW YORK TIMES"

    14/09/2016 02h00 - Atualizado às 13h34
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    Sebastian Gabriel/Efe
    SG053. New York (United States), 04/01/2014.- People walk over the Brooklyn Bridge from Brooklyn to Manhattan in New York, New York, USA, 04 January 2014. A severe winter storm dumped more than 24 inches (60 cm) of snow in some areas of Northeastern US including the cities of New York, Hartford, Providence and Boston. The storm combined with Arctic deep cold close to zero-degree Fahrenheit (-18-degree Celsius) and strong wind gusts of more than 40 mph (64 kph). EFE/EPA/SEBASTIAN GABRIEL ORG XMIT: SG053
    Pessoas caminham pela ponte do Brooklyn, em Nova York

    A renda das famílias dos EUA rompeu em 2015 um padrão de estagnação que perdurou desde 2007 e avançou 5,2% –maior alta desde ao menos 1967, informou o Serviço de Recenseamento norte-americano nesta terça (13).

    O avanço na renda domiciliar, cuja mediana chegou a US$ 56.156 (R$ 185.314), marca um importante ponto de inflexão na recuperação da recessão de 2008 e mostra que os recentes avanços econômicos estão sendo distribuídos de maneira mais ampla.

    Mas a recuperação econômica continua incompleta. A renda domiciliar mediana está 1,6% abaixo do valor que atingiu em 2007, antes da recessão, e permanece 2,4% abaixo do pico atingido no boom econômico do fim dos anos 1990.

    O número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza também continua alto, ainda que tenha se reduzido em 3,5 milhões de pessoas, ou cerca de 8%, em 2015.

    Ainda assim, a maioria dos analistas considera que os indicadores são notavelmente positivos. No Twitter, Jason Furman, presidente do conselho de assessoria econômica da Casa Branca, definiu os números como "indubitavelmente os melhores" nessa categoria de indicadores "em todos os tempos".

    A renda domiciliar em 2015 foi superior ao valor de quando o presidente Barack Obama assumiu, e é provável que os avanços continuem em seu ano final de mandato.

    Para Donald Trump, candidato republicano à Casa Branca, os novos dados representam enfraquecimento para um de seus principais argumentos de campanha na disputa contra Hillary Clinton.

    Ele vem citando repetidamente a estagnação da renda domiciliar como indicação de problemas mais amplos na economia.

    PLANOS DE SAÚDE

    O Serviço de Recenseamento também reportou que a proporção de norte-americanos dotados de planos de saúde continua a crescer. Segundo os dados, apenas 9,1% dos norte-americanos não dispunham de planos de saúde, no ano passado.

    Diversos Estados, entre os quais a Pensilvânia, ampliaram seus programas de saúde Medicaid, no ano passado, aproveitando a expansão das verbas federais para esse fim criada pela Lei de Acesso à Saúde.

    A cobertura de planos de saúde privados também cresceu, já que as empresas estão contratando mais pessoal e oferecendo mais benefícios aos trabalhadores.

    Os dados desta terça vinham sendo muito aguardados, porque indicações de outras fontes sugeriam que uma alta na renda domiciliar fosse provável no ano passado.

    O indicador de renda mediana domiciliar significa que metade dos domicílios do país tem renda superior ao valor em questão e a outra metade tem valor inferior.

    MAIS EMPREGO

    O novo relatório demonstra que os avanços têm base ampla. A renda cresceu em todas as faixas etárias, e os ganhos mais fortes vieram para os adultos em seus anos de trabalho mais produtivos.

    A maior fonte desse avanço foi provavelmente a alta do emprego, em lugar de aumentos de salário.

    Os domicílios afluentes tiveram os maiores avanços. Em termos percentuais, os domicílios de renda mais baixa tiveram avanços maiores, mas os indicadores de desigualdade de renda ficaram inalterados, de acordo com o Serviço de Recenseamento.

    A renda também cresceu, e a pobreza diminuiu, em todos os grupos raciais, com quedas especialmente fortes nos índices de pobreza dos domicílios negros e hispânicos.

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