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    Maia diz que cabe ao Congresso responder Estados em dificuldade

    LAÍS ALEGRETTI
    DE BRASÍLIA

    14/09/2016 12h29

    Um dia depois de governadores do Norte e Nordeste irem até o ministro da Fazenda para ameaçar decretar estado de calamidade, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), puxou para o Congresso Nacional a responsabilidade de responder à crise econômica. Os governadores pediram socorro de R$ 7 bilhões à União.

    Acompanhado do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), após café da manhã com parlamentares, Maia afirmou que cabe ao Congresso responder a essa crise, ao defender a aprovação de medidas de ajuste fiscal do governo Michel Temer.

    "A herança deixada é muito ruim, os governos dos Estados estão tecnicamente quase todos em situação de calamidade, com 14 Estados ameaçando decretar calamidade financeira. O que cabe ao Congresso Nacional neste momento é responder a essa crise", afirmou Maia.

    Maia chegou a dizer que a ameaça de calamidade pública foi o fato mais importante dos últimos dias. "O mais importante que aconteceu nesta semana, nos últimos dias, foi a informação que os governadores ontem [terça] deram ao ministro da Fazenda. É muito claro em relação à herança deixada pelo governo anterior. Catorze Estados pensam em decretar estado de calamidade financeira. Isso mostra a urgência da aprovação da PEC do teto de gastos", afirmou.

    A proposta do governo limita os gastos federais à variação da inflação por até 20 anos. A partir do décimo ano, no entanto, a regra de correção das despesas totais pela inflação poderá ser revista.

    SOCORRO

    Nesta terça-feira, governadores do Norte e Nordeste se reuniram com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para pedir um socorro de R$ 7 bilhões e ameaçaram decretar estado de calamidade pública na próxima semana em pelo menos 14 Estados das duas regiões. Ficariam de foram apenas Ceará e Maranhão, segundo autoridades presentes.

    A linha de raciocínio dos governadores é de que o possível estado de calamidade decretado em peso pelos Estados pode prejudicar a imagem do país como um todo e, com isso, fragilizar também a imagem do governo do presidente Michel Temer, que deixou a interinidade há duas semanas.

    Nesta quarta, Maia disse que os governadores têm pautas de interesse no Congresso e que os parlamentares podem votá-las para colaborar com os Estados.

    "Tem PEC dos precatórios, tem votação da autorização da venda ativa dos estados, tem algumas agendas que interessam aos governadores que temos vontade de pautar para que o Congresso possa colaborar com governadores nessa crise econômica gerada pelo governo anterior", disse.

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