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    Defesa do direito dos trabalhadores é sagrada, diz Alckmin sobre reforma

    FERNANDA PERRIN
    DE SÃO PAULO

    20/09/2016 02h04

    Bruno Poletti - 26.abr.2016/Folhapress
    SAO PAULO, SP, 26.04.2016: Geraldo Alckmin - Lancamento do livro Justica Comentada, Pareceres de Direito Publico e Direito Constitucional, de Alexandre de Moraes, Secretario de Seguranca Pública de Sao Paulo. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress, FSP-MONICA BERGAMO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante lançamento de livro em SP

    A taxa de juros elevada é o que aumenta o custo de capital no Brasil e dificulta a competitividade nacional e o empreendedorismo, e não o direito dos trabalhadores, disse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nesta segunda (19).

    Questionado se uma reforma trabalhista é necessária, Alckmin afirmou que "sempre pode haver aperfeiçoamento", mas que a defesa do direito dos trabalhadores é "sagrada".

    A fala se opõe à visão de críticos da legislação trabalhista, para quem ela onera excessivamente os empregadores, elevando o custo de investimento no Brasil e desestimulando novas contratações.

    "O Brasil vai melhorar a sua competitividade com uma macroeconomia correta, uma política fiscal muito severa, uma política monetária com juros compatíveis com o desenvolvimento e uma política cambial com câmbio competitivo, para poder exportar. Este é o caminho: política fiscal dura, política monetária com juros baixíssimos e política cambial para evitar uma moeda sobrevalorizada", afirmou o tucano durante evento na sede do sindicato dos comerciários de São Paulo.

    Ao defender a redução da taxa de juros, Alckmin ecoa a posição da indústria, para quem a taxa básica atual, de 14,25%, inibe a retomada da economia ao encarecer o crédito.

    A revisão da CLT é um dos itens da agenda do governo do presidente Michel Temer. O tema tem causado polêmica, após declaração do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ser interpretada como uma defesa da ampliação da jornada diária para 12 horas.

    Após a repercussão negativa, o ministro, orientado por Temer, vem tentando esclarecer a fala, afirmando que a jornada não será alterada e que uma eventual reforma da legislação não "surpreenderá" os trabalhadores, mas que será discutida com eles.

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