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    Meta de inflação é ambiciosa, mas possível, diz presidente do BC

    LUCIANA DYNIEWICZ
    DE BUENOS AIRES

    20/09/2016 13h36

    Marcos Santos/USP Imagens
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    O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira (20) que a meta de inflação de 4,5% para 2017 é ambiciosa, mas possível de ser atingida.

    Em seminário no banco central argentino, em Buenos Aires, disse que manter um objetivo audaz para a inflação já ajudou a diminuir as expectativas para o próximo ano, que hoje estão em 5,12%. Há dois meses, eram de 5,5%.

    "De 2018 em diante, a expectativa já está na meta", destacou.

    Para 2016, a previsão é que taxa fique em 7,3%, o que significará 3,4 pontos percentuais a menos do que o registrado no ano passado.

    Boletim Focus

    Goldfajn aproveitou o seminário para criticar a política econômica do governo de Dilma Rousseff. "O aumento do endividamento público, o congelamento de preços -que algum dia teria de ser liberado- e o excesso de intervenção na economia resultaram na recessão, que, em dois anos acumulados, chega a [uma queda de] 7% [no PIB]."

    O governo prevê que o país volte a crescer no ano que vem, a uma taxa de 1,6%. De acordo com Goldfajn, a retomada será gradual porque o desemprego continua aumentando e o ajuste dos salários reais ainda levará tempo, o que prejudica uma recuperação do consumo.

    "Se as reformas forem aprovadas e houver muita confiança, [o crescimento econômico] voltará mais rápido, mas não estamos trabalhando com esse cenário como base."

    Para o presidente do BC, o caminho para corrigir a economia ainda é longo, mas "pelo menos" agora o país está na direção correta.

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    Entre as políticas para fazer essa correção, o economista citou a proposta do teto para os gastos públicos -que está em discussão no Congresso- e as reformas da Previdência e trabalhista, além de um esforço para a retomada dos investimentos.

    Goldfajn disse ainda que os países emergentes precisam aproveitar o períodos de grande liquidez no mercado internacional, que favorece financiamentos mais baratos, para fazer reformas em suas economias.

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