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    Cade aprova compra de fatia da CPFL pela chinesa State Grid

    DA REUTERS

    22/09/2016 09h27 - Atualizado às 11h34

    Divulgação
    Funcionário da CPFL trabalha em poste de energia
    Funcionário da CPFL trabalha em poste de energia

    O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a compra pela chinesa State Grid da fatia de 23% da Camargo Corrêa na maior elétrica privada do Brasil, a CPFL Energia, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (22).

    A CPFL informou que a venda ocorreu ao preço de R$ 25 por ação, o que deve representar cerca de R$ 6 bilhões, e envolveu também a participação de 51,6% da companhia na subsidiária CPFL Renováveis, avaliada no negócio em R$ 3,17 bilhões.

    Com a oficialização do negócio, os demais controladores da CPFL, que incluem o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, e a Bonaire, que representa diversos fundos, poderão exercer direito de preferência na compra da fatia da Camargo ou decidir pela venda conjunta de suas participações à State Grid, pelo mesmo valor por ação.

    Na análise do processo, o Conselho afirmou que os mercados de atuação da CPFL —geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia— "estão sujeitos à intensa regulação por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), reduzindo a probabilidade de um comportamento anticompetitivo" após a transação.

    A maior elétrica do mundo disse ao órgão de defesa da concorrência que o negócio "possivelmente" envolverá também a aquisição das parcelas de outros sócios da CPFL, o que poderia levar o valor total da transação a superar R$ 25 bilhões e tornar a State Grid a única acionista da companhia.

    Se Previ e Bonaire saírem da companhia, será acionada a opção de tag along, pela qual os acionistas minoritários terão a oportunidade de também vender suas participações na CPFL aos chineses pelo mesmo valor ofertado aos demais sócios.

    Procurados, Previ e Bonaire não responderam imediatamente se já decidiram sobre a permanência como acionistas na CPFL Energia.

    Apesar do aval do Cade, a conclusão do negócio depende também de aprovação pela Aneel.

    A State Grid entrou no mercado brasileiro em 2010, quando fechou a aquisição de ativos de transmissão de energia por quase US$ 1 bilhão.

    Desde então, a State Grid já arrematou concessões para construir no Brasil projetos de grande porte na área de transmissão, como as linhas de transmissão que escoarão a energia da hidrelétrica de Belo Monte do Nordeste para o Sudeste.

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