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    Petrobras aprova venda de gasodutos à Brookfield por US$ 5,2 bilhões

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    23/09/2016 08h28 - Atualizado às 13h02

    A Petrobras informou nesta sexta-feira (23) que seu conselho de administração aprovou a venda da malha de gasodutos do Sudeste ao consórcio liderado pela canadense Brookfield por US$ 5,19 bilhões.

    O valor corresponde a 35% da meta do plano de venda de ativos da Petrobras para o período entre 2015 e 2016, que é de US$ 15,1 bilhões. Na terça-feira (20), a companhia anunciou nova meta, de vender mais US$ 19,5 bilhões entre 2017 e 2018.

    De acordo com o gerente executivo de gás natural da companhia, Rodrigo Costa Lima, a primeira parcela dos recursos, de US$ 4,34 bilhões, deve entrar no caixa da companhia ainda este ano. Os US$ 850 milhões restantes serão pagos em cinco anos.

    A operação fechada com a Brookfield envolve 90% da NTS (Nova Transportadora do Sudeste), empresa criada em 2015 a partir da cisão da TAG (Transportadora Associada de Gás), subsidiária da estatal que detinha os ativos de transporte de gás natural no Brasil.

    O consórcio comprador é formado ainda pelo fundo de pensão British Columbia Investment Management Corporation (BCIMC), e os fundos soberanos da China e de Cingapura.

    A Petrobras permanecerá como a principal cliente da NTS, que tem 2.050 quilômetros de gasodutos e 44 pontos de entregas de gás na região Sudeste.

    Com um novo operador, porém, a NTS poderá buscar outros clientes no mercado, quando houver disponibilidade de capacidade de transporte.

    "Essa operação abre oportunidades para que parcerias com outras empresas, com larga experiência e condições de investimento, contribuam para o fortalecimento da indústria de gás natural no Brasil", disse a estatal, em nota divulgada nesta sexta-feira.

    A venda também permite que a NTS participe de futuros projetos de expansão da malha brasileira de gasodutos, uma vez que a legislação veda a possibilidade de donos de gás sejam investidores em novos dutos no país

    De acordo com Lima, a malha da NTS continuará sendo operada pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, por meio de um contrato de prestação de serviços, no médio prazo.

    A Petrobras pagará à NTS pelo transporte do gás de acordo com tarifas previstas em contrato. Lima disse que os valores são regulados e, por isso, são os mesmos pagos à NTS antes da venda.

    Uma outra empresa resultante da cisão da TAG, a NTN (Nova Transportadora do Nordeste) também será negociada, mas a Petrobras ainda não informou detalhes da operação.

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