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    Dívida pública federal cai 0,07% em julho e soma R$ 2,96 tri, diz Tesouro

    DA REUTERS

    26/09/2016 10h36 - Atualizado às 11h04

    A dívida pública federal registrou leve queda de 0,07% em julho em relação a junho, interrompendo dois meses de alta e somando R$ 2,957 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26).

    Os dados deveriam ter sido divulgados pelo Tesouro no mês passado, mas não foram em função de greve de servidores. Os dados de agosto, cuja divulgação estava inicialmente programada para este mês, ainda não têm data de publicação.

    No Plano Anual de Financiamento (PAF), o Tesouro estabeleceu um intervalo de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões para a dívida pública total em 2016.

    O resultado de julho foi afetado, de um lado, pela queda da dívida pública mobiliária federal interna de 0,20% ante junho, para R$ 2,832 trilhões, diante de resgate líquido de R$ 33,48 bilhões, compensado parcialmente pela apropriação positiva de juros de R$ 27,76 bilhões.

    De outro lado, a dívida externa cresceu 2,97% sobre o mês anterior, para R$ 124,36 bilhões, na esteira de uma emissão líquida de R$ 1,9 bilhão no período, além da apropriação positiva de juros de R$ 1,69 bilhão.

    O mês de julho foi marcado pela emissão de US$ 1,5 bilhão em bônus de 30 anos, segunda captação externa feita pelo Brasil neste ano e a primeira com o governo sob o comando do presidente Michel Temer.

    COMPOSIÇÃO

    Em julho, os títulos prefixados continuaram com maior representatividade na dívida, a 35,23% do total. Em junho, tinha sido de 36,30%. Para o ano, o Tesouro fixou um intervalo de 31% a 35% para esses papéis.

    Já os títulos corrigidos pela inflação passaram de 33,73% a 34,25% do total, e meta no PAF de 29% a 33% em 2016.

    Por sua vez, os títulos corrigidos pela Selic viram seu peso aumentar de 25,75% em junho para 26,16%. O Tesouro estima que o percentual encerrará o ano entre 30% e 34%.

    Em julho, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna caiu a 16,23%, ante 16,41% em junho.

    PREVISÃO

    O Tesouro Nacional ainda não tem previsão exata para divulgação dos dados de agosto da dívida pública federal, afirmou a coordenadora de Operações da Dívida Pública, Márcia Fernanda Tapajós, acrescentando que o relatório deve sair antes de 24 de outubro, data marcada para os dados de setembro irem a público.

    "De fato estamos com o relatório atrasado. O que posso falar é que no dia 24/10, que é quando nós divulgaríamos o número de setembro, a partir daí as datas serão regularizadas. Mas com certeza antes dessa data será divulgado o relatório de agosto", afirmou Márcia Fernanda em coletiva de imprensa.

    Os dados de julho deveriam ter sido divulgados pelo Tesouro no mês passado, mas não foram em razão de paralisação de servidores.

    Segundo Márcia Fernanda, o Tesouro segue com previsão de rever os dados do PAF quando conseguir compilar as informações de agosto.

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