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    Debate nos EUA e bancos pressionam mercados; Bolsa recua mais de 1%

    EULINA OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    26/09/2016 17h33

    AFP
    Montagem de fotos do republicano Donald Trump e da democrata Hillary Clinton
    Montagem de fotos do republicano Donald Trump e da democrata Hillary Clinton

    O Ibovespa recuou mais de 1% nesta segunda-feira (26), seguindo o mau humor no cenário externo, com a eleição presidencial americana entrando definitivamente no radar do mercado financeiro.

    Os investidores estão cautelosos com o primeiro debate entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton, que acontece na noite desta segunda-feira.

    Os temores são de que aumentem as chances de Trump vencer a eleição. O republicano é considerado uma incógnita por analistas, o que traz incertezas do mercado sobre o rumo da economia americana.

    Além disso, os papéis de bancos do mundo todo foram influenciados pela queda de 7,5% das ações do Deutsche Bank, após o governo alemão descartar uma eventual ajuda à instituição.

    O Departamento de Justiça americano está exigindo US$ 14 bilhões do Deutsche para encerrar uma investigação sobre venda de títulos lastreados por hipotecas.

    O dólar fechou estável ante o real. A forte alta do petróleo no mercado internacional impediu a desvalorização da moeda brasileira.

    A commodity subiu mais de 2% com expectativas positivas em relação à reunião de produtores nesta quarta-feira, na Argélia. Espera-se que se chegue a um acordo para limitar o excesso de oferta global.

    Os juros futuros tiveram leve alta e o CDS (credit default swap) brasileiro, indicador de percepção de risco, subiu.

    "A volatilidade nos mercados tende a aumentar à medida que se aproxima a eleição presidencial americana, em novembro. Uma eventual vitória de Trump não está precificada pelos investidores", comenta um operador.

    No cenário doméstico, o mercado aguarda os próximos passos do governo em relação ao ajuste fiscal, como o envio da reforma da Previdência ao Congresso.

    BOLSA

    O Ibovespa fechou em baixa de 1,10%, aos 58.053,53 pontos. O giro financeiro foi fraco, de apenas R$ 4,5 bilhões.

    As ações da Petrobras recuaram, apesar da alta do petróleo. O papel PN da estatal caiu 2,11%, a R$ 13,40, e o ON perdeu 1,80%. a R$ 14,70.

    Os papéis da Vale caíram 0,97%, a R$ 15,18 (PNA), e 1,18%, a R$ 17,44 (ON).

    No setor financeiro, Itaú Unibanco PN recuou 0,77%; Bradesco PN, -1,24%; Bradesco ON, -0,73%; Banco do Brasil ON, -1,13%; Santander unit, -1,01%; e BM&FBovespa ON, -1,58%.

    CÂMBIO E JUROS

    O dólar comercial fechou estável, a R$ 3,2480. A moeda americana à vista, que encerra a sessão mais cedo, caiu 0,03%, a R$ 3,2292. No exterior, a moeda americana teve comportamento misto.

    Pela manhã, como tem ocorrido diariamente, o Banco Central leiloou 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares, no montante de US$ 250 milhões.

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    NOTAS DE DÓLAR

    "Os investidores estão receosos com a eleição americana, e o pregão teve baixo volume de negócios", ressalta Cleber Alessie, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

    Os juros futuros operaram em leve alta, em um movimento de correção após as quedas expressivas da semana passada com as apostas de corte da taxa básica de juros já em outubro.

    O contrato de DI para janeiro de 2017 subiu de 13,820% para 13,825%; o contrato de DI para janeiro de 2018 passou de 12,220% para 12,230; e o contrato de DI para janeiro de 2021 avançou de 11,710% para 11,730%.

    O CDS brasileiro, espécie de seguro contra calote, avançava 2,30%, aos 279,500 pontos.

    EXTERIOR

    Em Nova York, o índice S&P 500 terminou a segunda-feira em queda de 0,86%; o Dow Jones, -0,91%; e o Nasdaq, também -0,91%.

    Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,32%; Paris, -1,80%; Frankfurt, -2,19%; Madri, -1,26%; e Milão, -1,58%.

    Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 1,69%. O índice de Xangai caiu 1,76%. No Japão, o índice Nikkei recuou 1,25%.

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