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    Petroleiros do Rio anunciam greve a partir desta quinta-feira

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    27/09/2016 17h12 - Atualizado às 18h43

    O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) anunciou que iniciará, na próxima quinta (29), greve por tempo indeterminado, contra a proposta da empresa para o reajuste salarial deste ano.

    O Sindipetro-RJ, que atua principalmente nas áreas administrativas do Rio, se antecipou ao resto da categoria, que ainda avalia o indicativo de greve em todo o país.

    De acordo com o nota do sindicato, a proposta da empresa é "extremamente rebaixada" e tem como objetivo tornar a empresa mais atrativa para venda de ativos.

    Em reunião realizada no último dia 16, a Petrobras propôs reajuste de 4,97% no piso regional de seus empregados —que inclui o salário mais adicionais— para quem ganha até R$ 9.000. Para os outros, o aumento é de R$ 447,30.

    Além disso, quer reduzir à metade do valor da hora extra e dá a seus trabalhadores administrativos opção de redução de jornada com corte no salário.

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    A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), à qual o Sindipetro-RJ está filiado, pede 19% de reajuste. Outros sindicatos ligados à entidade estão votando o indicativo de greve.

    Os trabalhadores ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), que congrega a maior parte dos sindicatos de trabalhadores da Petrobras, também estão realizando assembleias para decidir sobra a paralisação.

    De acordo com a FUP, a proposta está sendo aprovada na maior parte das bases, entre elas o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), responsável pela operação das plataformas da Bacia de Campos.

    A Petrobras informou que terá uma reunião com a FUP nesta quinta para uma nova rodada de negociações sobre o acordo coletivo.

    De acordo com a companhia, o encontro foi marcado a pedido da própria FUP e não envolve os sindicados filiados à FNP.

    A empresa não comentou o anúncio de greve dos trabalhadores do Rio.

    A estatal defende que sua proposta reflete a situação financeira da companhia, que tem uma dívida de US$ 126 bilhões, e vem reduzindo investimentos e vendendo ativos.

    Em carta enviada aos empregados no início das negociações, a diretoria da empresa apelou para que não apoiassem uma greve, que custa R$ 9 milhões por dia em equipes de contingência.

    Em 2015, quando a empresa propôs aumento de 5,73%, os petroleiros cruzaram os braços por 21 dias, até conseguirem reposição da inflação (9,53%).

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