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    Alemanha nega que esteja preparando plano para resgatar Deutsche Bank

    DA REUTERS

    28/09/2016 10h49

    Kai Pfaffenbach/REUTERS
    Sede do Deutsche Bank em Frankfurt, Alemanha
    Sede do Deutsche Bank em Frankfurt, Alemanha

    O governo alemão negou nesta quarta-feira (28) que esteja trabalhando em um resgate do Deutsche Bank, uma vez que o maior banco da Alemanha reforçou suas finanças com a venda de seguradora no Reino Unido.

    O Deutsche Bank enfrenta uma penalidade de US$ 14 bilhões imposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e preocupações sobre seus recursos pressionaram as ações da instituição para um recorde de baixa na terça-feira e elevaram preocupações sobre a saúde do setor financeiro na maior economia da Europa.

    O Ministério das Finanças da Alemanha negou reportagem publicada pelo semanário Die Zeit que afirma que o governo alemão e autoridades financeiras estavam trabalhando em possíveis medidas para permitir que o Deutsche Bank venda ativos para outros bancos, o que reforçaria as finanças do banco.

    A publicação afirmou que o governo alemão poderia assumir uma participação direta de 25% no Deutsche Bank em caso de extrema urgência. O jornal não citou fontes.

    O governo ainda espera que o Deutsche Bank não precise de apoio estatal e apenas cenários para um possível resgate estavam sendo discutidos até agora, disse o Die Zeit.

    "Esta reportagem está errada. O governo alemão não está preparando um plano de resgate, não há razão para se especular sobre isso", disse o ministério em comunicado.

    Duas fontes da Reuters próximas do assunto afirmaram que a autoridade financeira da Alemanha, Bafin, não está trabalhando em um plano de emergência.

    As ações do Deutsche Bank, que perderam cerca de metade do valor neste ano, subiam 3,13% às 9h18 (horário de Brasília).

    Um porta-voz do Deutsche Bank também negou a publicação do Die Zeit e se referiu a uma entrevista nesta quarta-feira do presidente-executivo do banco, John Cryan, ao diário alemão Bild.

    "Em nenhum momento eu pedi apoio à chanceler. Nem sugeri qualquer coisa como isso", disse Cryan ao Bild, em resposta a uma reportagem que afirma que o executivo pediu a Angela Merkel ajuda sobre a penalidade de US$ 14 bilhões imposta pelos EUA contra o banco para resolver acusações relacionadas a vendas de títulos atrelados a hipotecas.

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