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    Bancários encerram a greve, mas paralisação segue na Caixa em SP e RJ

    TÁSSIA KASTNER
    DE SÃO PAULO

    06/10/2016 19h36 - Atualizado às 22h59

    Os bancários do setor privado e do Banco do Brasil aprovaram, na noite desta quinta (6) o fim da greve na maioria dos Estados. A decisão foi votada em assembleias da categoria após 31 dias de paralisação. A Contraf (confederação dos trabalhadores do setor) ainda não divulgou um balanço completo do fim da greve, mas informou que os trabalhadores da Caixa de São Paulo e Rio de Janeiro seguem de braços cruzados.

    A Fenaban (braço sindical da Febraban, entidade que representa os bancos) ofereceu aumento de 8% e mais um abono de R$ 3.500 neste ano e já fecharam o reajuste do próximo ano, que garante aumento real de 1%. Os trabalhadores também terão o abono dos 31 dias parados.

    "Óbvio que queríamos o aumento real, mas no ano passado fizemos 21 dias de greve e não tivemos esse aumento (de 2017)", afirmou a presidente do Sindicato dos bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.

    Bancários pediam aumento real de 5% neste ano, além da equiparação de benefícios adicionais (como vale-refeição e vale-alimentação, por exemplo) a um salário-mínimo cada.

    Moreira também destacou que foi uma conquista da categoria a abertura de um centro de recolocação e requalificação dos trabalhadores das agências, uma ferramenta que pode facilitar que trabalhadores continuem empregados mesmo com a migração dos bancos para os serviços digitais.

    SÃO PAULO

    Em São Paulo, bancários das entidades privadas e do Banco Brasil aprovaram o fim da greve. Na Caixa, a diferença teria sido de 100 votos apenas, segundo Moreira.

    Sobre o conflito durante a assembleia, afirmou que foi um estranhamento normal e que ninguém chegou "às vias de fato".

    Nelson Antoine/FramePhoto/Folhapress
    Bancários se desentendem em assembléia para definir os rumos da paralisação da categoria durante o fim da tarde desta quinta feira, na quadra dos bancários, centro de São Paulo. Foto: Nelson Antoine/FramePhoto *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    Bancários se desentendem em assembleia em São Paulo

    REPERCUSSÃO

    No auge da greve, mais de 13 mil agências foram fechadas, o equivalente a 57% dos pontos de atendimento, segundo acompanhamento da Contraf (confederação que representa os trabalhadores do setor financeiro).

    No entanto, a maior parte dos serviços bancários já é realizada pelos canais eletrônicos de atendimento, o que diminui o impacto da greve sobre a população.

    O REAJUSTE DOS BANCÁRIOS

    Em 2016

    > Aumento de 8% (a inflação acumulada pelo INPC em 12 meses até agosto foi de 9,62%)
    > Abono de R$ 3.500
    > Reajustes de 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição e no auxílio-creche
    > Abono dos dias parados na greve

    Em 2017

    > Aumento real de 1% + a variação do INPC

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