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    Crise da Ericsson se aprofunda com queda de 94% no lucro do 3º trimestre

    DA REUTERS
    DE SÃO PAULO

    12/10/2016 11h35

    Jonas Ekstromer/AFP
    Maior fabricante mundial de equipamentos de rede móvel está tendo dificuldades para cortar custos

    A crise na Ericsson se aprofundou nesta quarta-feira, quando a maior fabricante mundial de equipamentos de rede móvel relatou uma queda de 94% no lucro operacional do terceiro trimestre e vendas em queda.

    A empresa sueca enfrenta a dificuldade de cortar despesas e a concorrência acirrada da finlandesa Nokia e da chinesa Huawei.

    Suas ações caíam na manhã desta quarta-feira (12) quase 19%, para US$ 5,68, menor valor em mais de anos. O balanço companhia ficou aquém da previsão dos analistas pelo quinto trimestre seguido, e disse não ver sinal de uma recuperação rápida.

    Tendo demorado mais para cortar custos do que as rivais Nokia e Alcatel, que passaram por uma fusão recente, a Ericsson demitiu Hans Vestberg do cargo de presidente-executivo em julho. Desde então, a companhia anunciou planos de cortar milhares de vagas, mas analistas disseram que os resultados do terceiro trimestre revelaram os desafios que ela enfrenta enquanto procura um novo líder.

    "Agora o mercado os está pressionando a se transformar e esclarecer o que são e o que precisam fazer", disse Sylvain Fabre, da consultoria Gartner.

    O CEO interino, Jan Frykhammar, tem confiança de que a Ericsson pode reagir, observando que corporação passou por uma situação semelhante entre 2007 e 2009, quando esperava a demanda pela tecnologia 4G deslanchar.

    "Este não é em absoluto o começo do fim da Ericsson", afirmou ele em uma conferência com analistas e a mídia.

    A Ericsson informou que seu lucro operacional do terceiro trimestre despencou dos 5,1 bilhões de coroas de um ano atrás para 300 milhões (US$ 34,8 milhões), incluindo gastos de reestruturação de 1,3 bilhão de coroas.

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