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    Eletrobras diz que ações da empresa voltam a operar em NY nesta quinta

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    12/10/2016 18h18 - Atualizado às 18h51

    Spencer Platt/Getty Images/AFP
    NEW YORK, NY - MAY 17: A board on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) displays a fall in the market on Tuesday afternoon on May 17, 2016 in New York, New York. Expectations for higher interest rates this year resulted in a sharp sell off in stocks with the Dow Jones Industrial Average falling 181 points, or 1%, to 17530. Spencer Platt/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==
    Placa na Bolsa de Valores de Nova York; ações da Eletrobras voltarão a ser negociadas lá

    A Eletrobras informou nesta quarta-feira (12) que suas ações voltam a ser negociadas na Bolsa de Nova York a partir desta quinta (13). As operações com os papeis foram suspensas em maio, por atraso na entrega de formulários de informações financeiras de 2014.

    Os formulários foram arquivados na terça (11), após conclusão de trabalhos de investigação sobre perdas entre 2014 e 2015 com o esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

    Em nota divulgada nesta quarta, a estatal brasileira diz que recebeu comunicado da bolsa norte-americana informando o fim da suspensão.

    A instituição interrompeu ainda o processo de deslistagem da companhia, que poderia retirar definitivamente a Eletrobras da lista de empresas negociadas em Nova York.

    Os formulários entregues na terça à SEC, o xerife do mercado de ações dos Estados Unidos, trazem perdas de R$ 302,5 milhões com o esquema de pagamento de propinas.

    Os valores referem-se ao superfaturamento de obras contratadas com o cartel de empreiteiras descoberto pela operação.

    De acordo com as investigações, as propinas variavam entre 1% e 6% do valor do contrato. Já o impacto identificado da prática de cartel em licitações foi de 10% em um contrato.

    "A investigação descobriu propinas utilizadas para financiar pagamentos indevidos a partidos políticos, funcionários eleitos ou outros funcionários públicos, ex-funcionários de subsidiárias e SPEs (empresas) não controladas pela Companhia e outros indivíduos envolvidos em esquemas de pagamento", prossegue o documento.

    A maior parte dos valores (R$ 286,6 milhões) foi contabilizada em 2014.

    Fazem parte da lista de projetos com perdas por corrupção a usina nuclear de de Angra 3 e as hidrelétricas de Simplício e Mauá 3, além de projetos em que a Eletrobras é sócia minoritária, chamados de Sociedades de Propósito Específico e não identificados individualmente.

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