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    Dados fracos de comércio da China levantam temores sobre recuperação

    DA REUTERS

    13/10/2016 08h31

    Petar Kujundzic/Reuters
    Dados de comércio da China indicam demanda mais fraca tanto doméstica quanto externa
    Dados de comércio da China indicam demanda mais fraca tanto doméstica quanto externa

    As exportações da China caíram 10% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado, bem mais do que a expectativa do mercado. As importações recuaram inesperadamente após um salto em agosto, sugerindo que os sinais de estabilização da segunda maior economia do mundo podem ter vida curta.

    Os dados comerciais decepcionantes indicam demanda mais fraca tanto doméstica quanto externa e aprofundam as preocupações com a mais recente depreciação do yuan, que atingiu nova mínima de seis anos ante o dólar nesta quinta-feira (13).

    A expectativa para as exportações era de recuo de 3%, ligeiramente pior do que em agosto, uma vez que a demanda global por bens asiáticos continua fraca.

    As importações caíram 1,9%, acabando com as esperanças de uma segunda alta seguida. As importações haviam aumentado inesperadamente 1,5% em agosto, primeira expansão em quase dois anos, devido à demanda mais forte por carvão e commodities como minério de ferro.

    Isso deixou o país com um superavit comercial de US$ 41,99 bilhões para o mês, menor nível em seis meses, segundo a Administração Geral da Alfândega. Analistas esperavam superávit comercial de US$ 53 bilhões em setembro

    Os dados fracos de comércio podem levantar preocupações sobre outros números de setembro e sobre o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, que serão divulgados na próxima semana. Economistas esperavam que os dados mostrassem que a economia está se estabilizando e talvez até acelerando.

    A queda das importações levanta dúvidas sobre a força da recente recuperação da demanda doméstica, afirmou em nota Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics.

    "Esse pode ser um sinal de que a recente recuperação da atividade econômica está perdendo força, embora alertemos contra tirar muitas conclusões de um único dado, considerando a volatilidade dos números de comércio", disse ele.

    No mês passado, a OMC (Organização Mundial do Comércio) cortou sua projeção para o crescimento do comércio global deste ano em mais de um terço, para 1,7%, refletindo a desaceleração na China e a queda dos níveis de importações dos Estados Unidos.

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