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O empresário Gustavo Paulillo, da startup Agendor, que vende sistemas de gestão de vendas |
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Mercado
Thursday, 02-May-2024 06:22:51 -03Pequenos aproveitam espaço e crescem com sistemas de gestão
ANNA RANGEL
DE SÃO PAULO17/10/2016 02h00
Criar ferramentas de gestão para pequenas empresas se tornou uma oportunidade para outras companhias, também de menor porte. Como resultado, algumas start-ups chegam a duplicar de tamanho em um ano.
Entre as opções, há sistemas que automatizam todos os departamentos da empresa, como marketing, vendas e financeiro, ou aplicativos específicos, mais simples. O segmento ainda é ignorado pela maioria das gigantes de tecnologia, o que abre caminho para os pequenos.
Para o consultor do Sebrae-SP Fabiano Nagamatsu, quem quiser investir deve manter contato próximo com o cliente, para entender quais as suas necessidades e criar relação de confiança.
"Um produto útil surge quando o empresário está atento ao que o mercado precisa. Isso pode vir de uma conversa ou ao acompanhar os lançamentos no exterior", diz Nagamatsu.
O consultor ressalta que, assim como em outros setores, é indispensável ficar de olho em tendências. "Novos produtos são uma forma de se diferenciar numa área em que é muito fácil ser mais um", afirma.
"As micro e pequenas empresas precisam tanto de organização quanto as de maior porte", diz o cientista da computação Vinícius Roveda, 34, da start-up ContAzul. "Essa necessidade foi o que nos levou a criar nosso sistema, que é enxuto, tem custo baixo e não exige treinamento."
A ContAzul, aberta em 2012, se especializou em organizar áreas como estoque, compras e vendas e notas fiscais. Os planos custam entre R$ 39 e R$ 279 por mês.
Já o analista de sistemas Naldo Gobira, 45, identificou o nicho conversando com um cliente em potencial. "Ele relatou que queria comprar um sistema de uma organização grande e conhecida, mas o preço era impraticável. Foi quando tive um estalo."
Sua empresa, a JRC, que cria sistemas de gestão empresarial, começou há 18 anos atendendo organizações de grande porte. Hoje, focada nas pequenas, fatura R$ 900 mil por ano e deve crescer mais de 5% em 2016.
Há também ideias que surgem para resolver um problema próprio, caso do empreendedor Gustavo Paulillo, 28, da start-up de gestão de vendas Agendor.
Ele criou o negócio depois que seu pai teve o carro roubado e perdeu os registros dos clientes da empresa em que trabalhava.
"Nascemos dessa necessidade de organização e vimos que um aplicativo simples poderia resolver o problema dessas pequenas empresas", afirma Paulillo.
A Agendor não revela seu faturamento, mas o empresário diz que o crescimento anual supera os 100% desde 2013. A organização recebeu, desde 2014, aportes de capital de investidores-anjo que ultrapassam R$ 1 milhão.
Paulillo, que é formado em sistemas de informação, já tinha experiência com sistemas de gestão depois de passar por grandes organizações.
Acumular quilometragem no mercado como funcionário antes de abrir as portas é um dos conselhos de Nagamatsu, do Sebrae. "Criar esse tipo de sistema exige conhecimento técnico e capacidade de planejamento."
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