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Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil |
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Mercado
Sunday, 19-May-2024 22:32:37 -03Nossa busca vai além de ter sócio minoritário, diz presidente da Avianca Brasil
JOANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A TOULOUSE16/10/2016 02h00
Frederico Pedreira, 40, presidente da Avianca Brasil, a quarta maior empresa aérea do Brasil, disse que a empresa "analisa" a possibilidade de ter um parceiro estratégico, que pode ser uma companhia grande, em um acordo que "vai muito além de ter um sócio minoritário".
Ele, que é português, também disse que é "questão de momento" uma união com a Avianca Holdings. Embora carregue a marca licenciada, a Avianca Brasil é uma empresa independente, com administração separada. A Avianca Holdings é o segundo maior grupo do setor na América Latina e dele também é acionista José Efromovich, presidente do conselho e controlador da Avianca Brasil.
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Folha - Existe a possibilidade de união das duas, a Avianca Brasil e a Avianca Holdings?
Frederico Pedreira - Isso foi sempre um plano de longo prazo.Esse longo prazo se aproxima?
Boa pergunta. Não aconteceu ainda por uma questão de momento. As duas empresas partilham a mesma marca, têm a mesma experiência de voo. Quando você pensa no setor mundial como um todo, vai ver que há um movimento de consolidação que não é local. Não é Brasil nem América Latina. É do mundo. Você viu recentemente a Qatar com a Latam, a Delta com participação na Gol. É a nossa visão de longo prazo, sem dúvida. Até porque partilhamos a mesma marca. Acreditamos que as duas empresas juntas vão ser mais fortes do que separadas. Mas neste momento não há planos de curto prazo para isso acontecer.E sócios minoritários? Para isso há planos de curto prazo?
Não estamos fechados, pelo contrário. Estamos abertos a ter uma parceria mais forte com um parceiro estratégico, ou seja, uma companhia aérea grande, e estamos analisando essa possibilidade. Mas vai muito além de simplesmente ter um sócio minoritário. Tem que ser alguém que aporte alguma coisa para o todo.O que esperam daquela possibilidade de o governo aceitar a demanda do setor para reduzir o teto do ICMS no querosene de aviação de 25% para 12% em todos os Estados?
Isso penaliza muito a indústria em relação a outros países, e temos que trabalhar para que a indústria aérea brasileira seja mais competitiva na comparação com o resto dos "players" mundiais.Vocês estão otimistas? Como está a conversa com o governo?
Acredito que pela situação atual, em que várias companhias reduziram oferta, o governo ficou mais aberto a entender o porquê desse pedido. Não faz sentido que uma aeronave que voa São Paulo-Buenos Aires não pague imposto, e que a mesma aeronave, voando São Paulo-Salvador, pague 25%.Quando se compara este governo com o anterior, este atual está mais receptivo?
Acho que é cedo para afirmar se está ouvindo mais ou menos. Acho que ele deu a entender que compreende os desafios a que hoje as companhias aéreas estão sujeitas, e mostrou a vontade de ajudar.E as outras demandas do setor para que a regulação no Brasil seja equiparada a práticas internacionais, como a cobrança por bagagem?
Nós não pedimos nada a mais. Pedimos apenas que as companhias aéreas no Brasil estejam em linha com o resto das companhias aéreas do mundo. Um exemplo bem marcante disso é a cobrança da bagagem extra, uma prática que está no mundo inteiro, e que não visa penalizar o passageiro, muito pelo contrário, visa que o passageiro sem bagagem não pague por aquele que tem bagagem.E a abertura ao capital estrangeiro. Todas as empresas, de alguma forma, já têm parceria de fora. Qual a sua posição?
Minha opinião pessoal: acho que é importante abrir um pouco mais. Hoje está a 20%. Por que não ir até 49%?RAIO-X - Frederico Pedreira
CARGO: Presidente da Avianca Brasil
IDADE: 40 anos
FORMAÇÃO: Engenharia aeroespacial pela Universidade de Lisboa e pela Supaero (França)
TRAJETÓRIA: Atuou por mais de dez anos em aviação comercial
A jornalista viajou a convite da Avianca
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