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    Empresas iniciantes usam estratégias de start-ups e franquias para crescer

    FILIPE OLIVEIRA
    DE SÃO PAULO

    17/10/2016 02h00

    Reprodução/Youtube
    Vídeo de divulgação para empreendedores do willgo
    Vídeo de divulgação para empreendedores da indiana WillGo

    Buscando recursos para expandir para mais cidades e parceiros para dividir o trabalho de vendas, empresas iniciantes decidiram misturar estratégias de start-ups e de franquias.

    A indiana WillGo, que concorre com o Uber no mercado de transporte de passageiros e que também presta serviços de entregas, diz ter a meta de chegar a 200 cidades até o final de 2017. Para isso, busca franqueados que possam manter as operações da empresa em cidades com pelo menos 50 mil habitantes.

    Os franqueados –que desembolsam entre R$ 93 mil e 700 mil, dependendo da localidade escolhida– são responsáveis por conquistar clientes para a companhia no segmento corporativo. Em troca, ficam com um percentual do valor gasto por essas empresas no serviço.

    Com isso, a WillGo busca uma divisão de tarefas entre a matriz e os empresários, diz Gabriel da silva, diretor da empresa. "Preferimos nos concentrar em desenvolver a plataforma e lidar com os condutores", diz.

    Para o CLUBEaluno, empresa de Palhoça (SC) que possui plataforma on-line para que alunos tirem dúvidas com professores, a estratégia aumentou as vendas, a partir de um contato mais próximo com escolas e prefeituras. "Colocar um franqueado para olhar nos olhos dos clientes faz a diferença", diz o cofundador Gabriel Tarhun.

    Para a aiqfome, que atua no mercado de delivery de comida pela internet e possui cerca de 35 franqueados, virar franquia foi uma forma de viabilizar a expansão sem a necessidade de fazer investimentos que sacrificassem a lucratividade, diz Igor Remigio, fundador da empresa.

    "[Os franqueados] investem em marketing e fazem o atendimento em suas regiões. Se tivesse de fazer tudo sozinho, não seria possível."

    CUIDADOS

    A mistura entre franquia e start-up pode reduzir uma das grandes vantagens das franquias: atuar com um modelo de negócios testado. Como as start-ups se baseiam em ideias novas, é difícil ter dados para analisar seu potencial de sucesso.

    Quem decide se tornar franqueado de uma empresa iniciante deve ser criterioso na análise das informações, diz Claudio Carvajal, coordenador dos cursos de administração da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista). "Se o franqueado entra no início da nova rede, provavelmente vai pagar menos em taxas para começar a operação. Mas ele está apostando alto. Vai ganhar muito se o negócio der certo e escalar, mas não tem como ter certeza que isso vai acontecer."

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