• Mercado

    Monday, 13-May-2024 22:07:06 -03

    Japoneses cobram menos custos e mais segurança para investir no Brasil

    ANA ESTELA DE SOUSA PINTO
    ENVIADA ESPECIAL A TÓQUIO

    19/10/2016 08h42

    O presidente da federação nacional das indústrias do Japão (Keidanren), Sadayuki Sakakibara, cobrou do Brasil "um ambiente de investimento mais aberto, com redução de tarifas e custos, melhor ambiente de trabalho e infraestrutura".

    Em discurso que antecedeu um almoço com o presidente Michel Temer, ministros e empresários brasileiros e japoneses no Keidanren, ele disse esperar que o Brasil consiga aprovar reformas tributária, política, previdenciária e trabalhista.

    Temer se reuniu com os empresários para apresentar o programa de concessões e tentar atrair investimentos japoneses.

    Ao mesmo tempo, procurou assegurar o empresariado daquele país de que as condições econômicas e políticas do Brasil serão estabilizadas.

    Há hoje cerca de 700 empresas japonesas no Brasil e nos últimos anos houve um crescimento dos investimentos, parte deles em áreas que sofreram com a crise da Petrobras, como a indústria naval.

    Entre 2003 e 2016, o Japão foi o sexto maior investidor em novos projetos (greenfield) no Brasil, com quase US$ 20 bilhões, 5,8% de todo o investimento no período.

    O país superou a China na aplicação de recursos em atividades produtivas brasileiras —seu rival asiático investiu US$ 15 bi. Já os EUA, primeiro do ranking, investiram US$ 79 bilhões no Brasil, 23% do total.

    A maior parte do investimento japonês foi feita no setor automotivo (US$ 7 bi) e em papel e celulose (quase US$ 3 bi).

    Siderurgia, logística, máquinas e equipamentos e eletrônicos também receberam recursos acima de R$ 1 bilhão entre 2003 e 2016.

    Para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), as áreas em que pode haver maior interesse para investimento são infraestrutura e logística, terras raras (minerais usados na indústria eletrônica), lítio (usado em baterias), geração, transmissão e distribuição de energia, smartgrids (sistemas para controlar distribuição de energia, água, trânsito etc.) e defesa.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024