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    Telefónica deve apresentar plano para reduzir dívida em 2017, diz Moody's

    DA REUTERS

    21/10/2016 09h01

    DOMINIQUE FAGET/AFP PHOTO
    Telefónica precisa de estratégia para reduzir endividamento sem cortar remuneração
    Telefónica precisa de estratégia para reduzir endividamento sem cortar remuneração

    Quatro anos depois de cancelar dividendo, em uma decisão histórica, a Telefónica precisa encontrar um equilíbrio para convencer o mercado e agências de classificação de risco sobre uma nova estratégia de redução de endividamento sem cortar a remuneração aos acionistas.

    Analistas estimam um fluxo de caixa livre de € 4 bilhões para este ano e ano que vem, mas 60% desse valor vai para dividendos e não parece suficiente para cumprir a meta para 2017 de reduzir a dívida em € 12 bilhões.

    A € 0,75 por ação, a Telefónica tem a rentabilidade por dividendo mais alta do índice da Bolsa de Madri Ibex-35, cerca de 8,3%.

    Sem tocar na política de remuneração e com um ritmo de investimento atual de cerca de € 9 bilhões por ano, o caixa livre se limita a no máximo € 3,2 bilhões para pagar dívida em dois anos.

    Apesar de ser um mantra da companhia, as recentes dificuldades e a situação dos mercados podem complicar a estratégia de redução de dívida da companhia —que controla a Vivo no Brasil— e pode obrigar a empresa a recorrer ao dividendo, a única opção 100% em suas mãos.

    "A Telefónica está perfeitamente ciente do compromisso que assumiu, das restrições e da necessidade de manter seu rating. Sobre o dividendo, a empresa tem declarado ao mercado que vai seguir com ele. Parece complicado que alcancem o objetivo sem mexer nele. É muito importante que anunciem antes do final do ano qual será o plano e que ele seja executado antes de dezembro de 2017", disse Carlos Winzer, analista da agência de classificação de risco Moody's, em entrevista à Reuters.

    Em comunicado enviado ao regulador do mercado CNMV em julho, o grupo espanhol reconheceu que "se o processo de desinvestimento não for completado, ou se prolongar no tempo, poderia afetar o ritmo de redução de dívida, assim como dificultaria o acesso aos mercados de crédito por parte da Telefónica".

    "Mas o grupo tem ativos suficientes para abordar outros planos alternativos de desinvestimento", acrescentou.

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